É fácil associarmos Osamu Tezuka, maior mangaká de todos os tempos, a obras infantis. Primeiro porque a maior parte de suas décadas e décadas de carreira foram destinadas a este público-alvo, como provam “Astro Boy” e “A Princesa e o Cavaleiro”. E, segundo, porque suas densas obras para adultos nunca foram publicadas aqui, com exceção de “Adolf”.

Isso mudou há pouco tempo. Tivemos, recentemente, a pesada e profunda “Ayako”, “Recado a Adolf” (republicação de “Adolf” com novo nome) e o impactante “O Livro dos Insetos Humanos”. E agora a Pipoca e Nanquim colocou em pré-venda o suspense “MW: Psicopatia Profana“, uma obra que, como o título já mostra, não mira no público infantil.

Vou colocar abaixo a sinopse da editora, em itálico. Mas antes, se quiser saber um pouco mais sobre este tremendo artista, conto aqui o que ele fez para merecer o apelido de “deus-mangá”; elenco aqui seus melhores mangás para adultos, os melhores infantis e até os melhores animês.

A sinopse: “Quão sórdido o ser humano pode ser? A obra mais sombria da carreira de Osamu Tezuka, o Deus do Mangá, finalmente chega ao Brasil em uma edição definitiva!

Michio Yuuki vive sob a máscara de um jovem bonito e perspicaz, funcionário bem-sucedido de um grande banco japonês; contudo, ele é um psicopata sem um pingo de escrúpulo. Sua diversão é chantagear e cometer crimes hediondos: sequestros com extorsão, assassinatos e todo tipo de violência, arruinando todos à sua volta. E seu maior prazer é provocar e atormentar o padre Garai — que se vê no dilema de buscar a salvação para uma alma tão corrompida —, com quem mantém um relacionamento baseado em culpa e cumplicidade, além de compartilhar um passado extremamente traumático.

Todo esse comportamento vil seria apenas fruto de pura maldade inerente ao seu ser, ou teria alguma motivação como a vingança contra algo ou alguém? A cada ato perverso, é desvelado um aspecto da podridão da sociedade, da corrupção de grandes instituições a maquinações do governo e jogos políticos, chegando à letal arma química de propósitos desconhecidos chamada apenas de… MW!”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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