Fiz uma promessa ontem: a de elencar aqui os melhores mangás de Osamu Tezuka destinados ao público adulto (já fiz minha lista dos destinados às crianças).

Como qualquer lista, esta é 100% subjetiva – exceto pela primeira colocada. Por quê? Por ser a favorita do próprio Tezuka. E digamos que ele entende do tema.

“Ayako”

3º – “Ayako

Uma menina testemunha uma ação terrível cometida por seu tio. Para preservar o nome da família, o pai dela a tranca no porão de casa. Quando sai de lá, 20 anos depois, nem ela nem a família são mais os mesmos.

Mais: o Japão também mudou muito – por exemplo, foi derrotado na Segunda Guerra Mundial. Apesar das mudanças, alguns dos seus grandes problemas permanecem – como a corrupção e um distorcido senso de honra.

Esse caldeirão de mudanças em um Japão que se reconstrói é palco de um lindo, e tenso, drama familiar.

“Adolf”

2º – “Adolf

Dois jovens alemães chamados Adolf são amigos nos anos 30 do século passado. Um deles é judeu e o outro, não. Eis que um terceiro Adolf (Hitler) surge e leva a Alemanha (e o mundo) para uma desumana, insana e inacreditável guerra.

Agora ex-amigos, os dois Adolfs são colocados em lados opostos da disputa nesta obra que mescla suspense e drama.

Para mim, trata-se da maior  obra de Tezuka, mas vou deixar em segundo lugar porque o Tezuka entende mais da obra dele mesmo do que eu, e se ele diz que “Fênix” é melhor, concordo plenamente (mesmo sem a ter lido).

“Fênix”

1º – “Fênix

O Museu Osamu Tezuka fica em Takarazuka, cidade-natal do artista. A primeira coisa que você vê ao chegar lá é uma estátua da Fênix, ainda do lado de fora, como se fosse uma guardiã da entrada do local.

Não é à toa: trata-se da obra-prima de Tezuka – na opinião do próprio. Inédita no Brasil, é uma série que aborda filosofia, religião e reencarnações por meio do mito da fênix, pássaro que, ao morrer, renasce das próprias cinzas.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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