Há mil maneiras de fazer retrospectivas – e acho todas legais. Hoje, a dois dias de terminar o ano mais imprevisível da minha vida (e da sua também, imagino), vou fazer uma retrospectiva a partir de uma premissa simples: quais foram as matérias mais lidas do Hábito de Quadrinhos?

Coloco aqui na conta tanto o site que vos fala quanto seu irmão gêmeo, a coluna da TV Cultura.

MAIS LIDA – De longe, o artigo mais lido e comentado foi “Por que alguém seria contra diversidade nas histórias em quadrinhos?“. Esta reflexão, publicada na TV Cultura, começa assim: “Qual é o problema em haver um Lanterna Verde gay? Uma Pequena Sereia negra? Um Batman islâmico? Uma Mulher-Maravilha brasileira?”.

Essa, acima, é Yara Flor, a Mulher-Maravilha amazonense, que ainda não estreou nos quadrinhos (sua primeira aparição será em janeiro) e já há uma série televisiva protagonizada por ela em produção. O beijo que abre este texto é entre dois membros dos Jovens Vingadores, Hulkling (filho do Capitão Marvel) e Wiccano (filho do Visão e da Feiticeira Escarlate).

MEDALHA DE PRATA – Uma matéria em que eu, filho de africano, fiquei muito feliz em escrever: “Consciência Negra! Cinco dicas de HQs de autores africanos” (acima, “Aya de Yopougon”, de Marguerite Abouet e Clément Oubrerie).

MEDALHA DE BRONZE – Outra alegria para mim e meu pai angolano: uma entrevista com o acadêmico Márcio Rodrigues, criador e professor do Curso Quadrinhos Africanos: “Brasil é mais africano do que europeu. Por que não deveríamos ler HQs africanas?”. A ilustração acima é de “Laff Lafrikain”, de Gunther Moss.

Não quero deixar nenhum gênero de fora. E se o pódio foi dominado por super-heróis e quadrinhos da África, aqui vão os mais lidos em cada categoria, incluindo a coluna Quadrinho Falado, em que meu amigo Eduardo Pereira aborda a dobradinha cinema/TV + quadrinhos.

BDs (Europeus) – Eu criei no início do ano a série QUADRINISTAS ETERNOS, sobre os melhores de todos os tempos. E o breve perfil que escrevi sobre o belga Hergé foi o mais lido sobre quadrinhos europeus: “Quadrinistas eternos: Hergé, Tintim e a origem dos quadrinhos europeus como conhecemos hoje“.

Quadrinho Falado – “Como os anos 1990 mudaram os filmes da Marvel e da DC” – realmente, uma das melhores colunas escritas pelo Edu.

Mangás e Asiáticos – Além da QUADRINISTAS ETERNOS, criei também a QUADRINISTAS MARAVILHOSOS, sobre artistas contemporâneos que considero os melhores do mundo. É de lá que veio o texto “Os mangás cinematográficos de Naoki Urasawa“.

HQs Nacionais – Outra entrevista entre as mais lidas, dessa vez com o grande Laudo Ferreira: “Sem preocupação com rótulos”: Laudo Ferreira comenta suas HQs, eróticas ou não.

Comics Americanos e Underground Comix – Outro miniperfil da série QUADRINISTAS MARVILHOSOS: “Garry Trudeau cria uma tira de humor político capaz de literalmente mudar a sociedade a seu redor“.

Historietas Argentinas – Uma coluna para a TV Cultura lamentando a morte do inestimável Quino: Relembrando Quino: “Esperava que o mundo melhorasse, mas o resultado da política liberal é lastimável“.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

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