Na semana passada, apresentei aqui no Hábito de Quadrinhos cinco super-heróis criados e publicados na África. A ideia era mostrar como esse gênero tem se apresentado em países com os quais temos pouco contato – você sabe qual língua é falada na Etiópia? Ou qual a capital da Zâmbia?

Eu, particularmente, acho que a cultura é uma das formas mais divertidas de entrar em contato com outros povos. Música, cinema, literatura… e quadrinhos, claro. Semana passada, selecionei cinco personagens de cinco países africanos diferentes. Afinal, se tem uma coisa que aprendi sobre este gigantesco continente é que não existe uma África, mas muitas Áfricas.

Hoje, repito a dose: apresento a você mais cinco super-heróis de nações não citadas no texto anterior. Infelizmente, exceto o angolano, estão em inglês. Divirta-se!

ÁFRICA SO SUL – “Kwezi

Criada por Loyiso Mzike, a série “Kwezi” já está sem seu décimo ano. A pegada é bem século 21. Afinal, o personagem-título era, antes de tudo, um “influencer” da internet arrogante e narcisista. Duvido que você não conheça alguém assim…

ANGOLA – “Super Bom

Ele é um super-herói, mas suas aventuras são de humor :-). Super Bom foi criado por Nelo Tumbula e lançado no fanzine “BDLP”, que reúne artistas de Angola, Brasil e Portugal – já mencionei aqui o “BDLP”, do qual gosto muito e lamento que saia apenas uma vez por ano.

GANA – “Moongirls

A série, criada por Akosua Hanson, se propõe a usar o gênero dos super-heróis para abordar temas bem difíceis: homofobia, neocolonialismo, prostituição, feminicídio…

NIGÉRIA – “E.X.O.

Em um futuro não muito distante (2025 está logo ali!), Wale Williams, um herói com uma armadura à la Homem de Ferro, investiga um mistério que envolve a morte de seu pai. Série escrita e desenhada por Roye Okupe.

QUÊNIA – “Shore Wanda”

Infelizmente, não achei essa online. Mas trata-se da última descendente de uma linhagem não-humana: ela pode voar, é superinteligente, fortíssima etc. Fiquei curioso para ver o que o artista Movin Were desenvolveu a partir deste ponto de partida.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

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