Não é fácil, mesmo com internet, termos acesso a HQs africanas em língua portuguesa. Por isso, fiquei feliz ao ver que meu amigo português João Mascarenhas (autor da série “O Menino Triste”, recomendo!) disponibilizou online as três primeiras edições do “BDLP“. É só clicar aqui.

João Mascarenhas é um dos editores desse fanzine, feito a várias mãos por amantes dos quadrinhos: o Olindomar Estúdio, de Angola, e o Grupo Extractus, de Portugal.

Página do angolano Carnott Junior

Eu já estive pessoalmente no Olindomar Estúdio, lá em Luanda. Eles transpiram dedicação e paixão pelos quadrinhos. Também posso dizer o mesmo de João, com quem já tive prazer de acompanhar em dois festivais internacionais da nona arte: a Amadora BD, lá em Portugal, e o Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte.

Além de internacional, o “BDLP” é premiado: foi laureado tanto em Portugal (no festival Amadora BD) como no Brasil (Troféu HQ Mix, o nosso “Oscar dos quadrinhos”).         

Cada edição da “BDLP” reúne histórias curtas. Entre os que participaram das edições disponibilizadas estão, além do próprio João Mascarenhas, os angolanos Olímpio Sousa, Lindomar Sousa e Nelo Tumbula; o moçambicano Zorito Chiwanga; o caboverdiano Sai Rodrigues; os brasileiros Wander Antunes, Fábio Moon e Gabriel Bá; e os portugueses Ana Saúde, Marta Patalão e Paulo Monteiro.

Por transparência, acho legal dizer que eu participei da quinta edição do “BDLP” com uma crônica. 🙂

Ah, claro! Faltou explicar o título do fanzine: BDLP são as (iniciais de Banda Desenhada de Língua Portuguesa.

O Olindomar Estúdio, que fica na av. Brasil, em Luanda (Angola)
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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

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