“Por que os robôs choram?”

A Netflix estreia hoje (26) o anime “Pluto” (abaixo, o trailer), inspirado no mangá homônimo de Naoki Urasawa.

Urasawa é um dos maiores quadrinistas contemporâneos (explico isso aqui). Na última Olimpíada, foi o único mangaká convidado pelo governo japonês para fazer um dos pôsteres oficiais da Olimpíada. É um nome incontornável dos modernos quadrinhos japoneses.

E um nome incontornável das HQS mundiais é Osamu Tezuka, que recebeu o superlativo apelido de “Deus Mangá” (conto aqui o que ele fez para merecer tal apelido – não foi pouca coisa…). Entre outras muitíssimas obras, para adultos ou crianças, Tezuka criou a série infantil Astro Boy, que foi um enorme (e merecido) sucesso.

No mundo de Astro Boy, robôs e humanos coexistem, ainda que nem sempre pacificamente. Astro é um robô poderosíssimo que usa seus talentos para o Bem, mas será que é o mais poderoso robô do mundo? Uma de suas histórias é justamente uma competição neste sentido.

E é esta história de Osamu Tezuka que Naoki Urasawa usou como base para criar “Pluto”. Estão lá, claro, Astro Boy; a tensão na convivência entre humanos e robôs; e, numa pitada bem a cara do trabalho de Urasawa, muito mistério e ganchos irresistíveis que deixam o leitor ansioso pela próxima edição.

Aproveitando a chegada do anime, a Panini está lançando uma nova edição de “Pluto”. Não há muitos detalhes, mas pelo número de páginas (cerca de 200), dá para inferir que esta nova coleção também será em oito números, assim como a primeira publicada aqui no Brasil pela própria Panini.

Abaixo, a sinopse da editora:

“Baseado em Astro boy, o clássico mangá de Osamu Tezuka, a história de Pluto acontece em uma sociedade futurística em que humanos e robôs coexistem. Na narrativa os robôs mais sofisticados do mundo e os cientistas que os construíram começam a ser alvo de ataques de uma criatura misteriosa e, para impedir que isso continue, Gesicht, um desses robôs mais sofisticados, resolve investigar o caso e descobre que o vilão possui o nome de Pluto. Mas quem será ele e quais são seus reais objetivos?”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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