Estou há dicas publicando dicas de quadrinhos feitos por mulheres – algumas minhas, outras de gente que manja muito do assunto, como Dani Marino, Milena Azevedo e Roberta Cirne. Então, por que parar agora?

Toda semana, aproveito o Sugestões de Sábado para dar dicas de HQs que tenham algo em comum, mas que sejam diferentes entre si. Hoje, na Semana das Mulheres, temos quadrinhos americanos ligados ao mainstream (do universo de Sandman, da DC Comics), uma graphic novel completamente autoral de uma autora russo-americana e um mangá clássico.

Boa leitura!

O Barril Mágico de Lena Finkle”, de Anya Ulinich

Esta obra semiautobiográfica da autora russo-americana Anya Ulinich me marcou muito. Fala sobre ser adulto e as dificuldades de relacionamentos, sobre autoestima e amor, sobre vida e mais um monte de coisa. Um monte. Recomendo vivamente.

Rosa de Versalhes”, de Riyoko Ikeda

Um mangá que marcou época. Lançado originalmente nos anos 70, esta HQ mistrua romance e drama para mostrar os anos que antecedem a Revolução Francesa. O foco está na rainha Maria Antonieta e na Oscar, que apesar de ser uma brilhante militar, sofre preconceito justamente por ser mulher (o que suas roupas não tentam esconder).

Pequenos Perpétuos”, volumes 1 e 2, e “Morte – A Festa”, todas de Jill Thompson

A talentosa escritora e ilustradora Jill Thompson participou da épica revista “Sandman”, de Neil Gaiman, ilustrando a saga “Vidas Breves”. Depois, voltou ao universo de Sonho, Morte e companhia de duas maneiras:

1 – criando os fofos álbuns dos Pequenos Perpétuos, em que narra, como se fosse uma aventura infantil, duas divertidas histórias do universo de Sandman;

2 – com “Morte – A Festa”, em que aprofunda uma história narrada em “Estação das Brumas”, mas mudando completamente a sua arte e emulando o estilo dos mangás.

Em todos os casos, o resultado ficou ótimo!

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

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