Mangá faz sucesso, mangá vai para a TV (ou os cinemas). É quase uma regra não-escrita. E “One Piece” é um dos maiores sucessos de quadrinhos no mundo – não só no Japão. Dia 12 de outubro, a Netflix vai disponibilizar 60 episódios do anime. Além disso, está preparando um seriado live-action. E você, o que sabe sobre esse fenômeno?

O mangaká Eiichiro Oda, nascido em 1975, começou a publicar em quadrinhos aos 17 anos, com “Wanted”. De cara, levou o prêmio Tezuka Award por esse trabalho – havia talento ali, evidentemente. Mas o sucesso veio cinco anos depois, quando “One Piece” começou a ser publicada na revista “Weekly Shonen Jump”.

Um resumo bem sucinto: trata-se de uma história de humor em que os personagens são piratas. Quando Gold Roger, o Rei dos Piratas, foi preso e condenado à morte, contou que seu gigantesco tesouro (o One Piece do título) estava escondido. E começa assim uma divertida, e literal, caça ao tesouro.

O protagonista é o hilário Monkey D. Luffy, que comeu uma tal Fruta do Diabo e tem o poder de esticar seu corpo como se fosse de borracha.

Algumas curiosidades sobre o mundo de “One Piece”:

  • O mangá, onde a série surgiu, tem mais de 97 edições encadernadas (no Japão, é normal uma série sair inicialmente em capítulos dentro de uma revista, para depois ser encadernada em edições chamadas de tankōbon);
  • A série está em sua segunda editora no Brasil: começou pela Conrad, e agora está na Panini;
  • A numeração da Conrad não seguiu a original: cada edição japonesa era dividida ao meio no Brasil. Assim, os 70 números lançados pela Conrad equivalem aos primeiros 35 da série;
  • Quando a Panini assumiu a série, buscou tanto novos leitores quanto os que já acompanhavam. Assim, passou a relançar a série mensalmente começando do número 1, ao mesmo tempo em que publicou bimestralmente histórias inéditas a partir do 36;
  • Com essa estratégia, a Panini conseguiu levar as duas séries ao mesmo tempo até se equivalerem. O número mais recente publicado pela editora é o 91;
  • Com histórias divertidas e leves, “One Piece” é voltada para adolescentes; entretanto, como informa o Shoujo Café, mais de 70% dos leitores estão entre os 19 e os 49 anos;
  • É o mangá mais vendido no mundo: 470 milhões de exemplares em 43 países. O segundo colocado, “Dragon Ball”, está entre 250 e 300 milhões;
  • “One Piece” entrou para o “Guinness”, o livro dos recordes, por ser a HQ de um único autor com número de edições publicadas do mundo;
  • A animação já passou de… 900 episódios;
  • Há 14 longas animados inspirados em “One Piece”, além de quatro curtas;
  • Já foram publicados 31 romances inspirados na série;
  • Há 56 (!!) games inspirados em “One Piece”;
  • O showrunner, produtor-executivo e roteirista da série live-action é Steven Maeda, que foi produtor-executivo e roteirista de “Lost” e “Salvation”, entre outras;
  • A fabulosa cantora Elza Soares é fã do anime: “One Piece é bom sim, assistam” (tweet com quase 90 mil curtidas).
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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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