Estamos na Semana das Mulheres, e venho desde quarta pedindo indicações de quadrinhos para amigas que manjam muito no tema. Hoje é sexta-feira, e ainda que não seja 13, pedi dicas a uma especialista de terror: a quadrinista e escritora Roberta Cirne, artista e pesquisadora por trás do projeto “Sombras do Recife” – aliás, você pode a conhecer melhor nesta entrevista.

Aqui estão as dicas da Roberta – as descrições são dela:

Beco do Rosário“, de Ana Luíza Koehler
“Tive o prazer de conhecer pessoalmente e Ana no FIQ 2018, e sempre quis ler a obra dela, por conta de guardar similaridades na origem comigo. A Ana também trabalha a história da Cidade como resgate de mapas, vestiário, ruas, usos e costumes, e isso é muito importante. Fora que as cores e arte já seriam por si só uma beleza à parte, Pois ela domina com maestria!”

Ser Artista Mulher É…“, de Cris Camargo
“É preciso coragem para dar a cara a tapa. É mais ou menos quando sofremos bullying na escola e enfrentamos tudo de cabeça erguida, e ainda desafindo o agressor. A obra de Cris Camargo faz isso. Como se eu visse toda a minha vida exposta ali, as situações às quais fui (e ainda sou) submetida, quando ‘ousei’ escolher uma profissão masculina. É engraçada, porque precisamos rir, mesmo das desgraças, rindo adquirimos coragem de dar o contra golpe, enquanto nos subestimam.”

Gibi de Menininha“, organização de Germana Viana
“Apesar de fazer parte das ‘menininhas do gibi’, esta referência é à Germana Viana. À sacada, coragem e mesmo um pouco da empáfia em desafiar: mulheres que não desenham coisas fofinhas, como dizem por aí, e sim sangue, tripas e ossos , misturando histórias e dando forma ao novo quadrinho que não tem barreiras nem estereótipos.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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