Acho que é tentador dizer que a britânica Zoe Thorogood é uma revelação no cenário dos quadrinhos. Ela é jovem – 25 anos – e ainda não lançou tantas obras (apenas uma já saiu por aqui, “A Cegueira Iminente de Billie Scott“).
Por outro lado, seu nome tem sido tão frequente em premiações de quadrinhos mundo afora que também é tentador dizer que ela é um talento já estabelecido. No mais recente Eisner Awards (o Oscar dos quadrinhos americanos), por exemplo, ela foi a artista com mais indicações: melhor adaptação de outra mídia, escritor/artista, arte interior, capa e trabalho de memórias. Não venceu nenhuma, mas não saiu de mãos vazias: ganhou um troféu de melhor revelação.
A Conrad está lançando “É Solitário no Centro da Terra – Um romance [autobio]gráfico” (tradução de Andressa Lelli ). Para mim, há dois pontos importantes que me atraem na obra. O primeiro, claro, é o talento de Zoe Thorogood.
O segundo é o tema – tabu para muitos, ainda que importantíssimo. Zoe Thorogood relata seis meses de sua luta contra a depressão, esse doloroso inimigo invisível que ataca pessoas independentemente da idade.
Abaixo, a sinopse da editora:
“Com lançamento programado para final de abril, É Solitário no Centro da Terra (It’s Lonely at the Centre of the World no original) é uma graphic novel autobiográfica que retrata um olhar íntimo e metanarrativo sobre a vida de uma artista que precisa criar para tentar sobreviver. Thorogood retrata seis meses de sua vida lutando com sua saúde mental – por meio dos altos e baixos da ansiedade, da depressão e da síndrome de impostora – à medida que ela forja uma carreira promissora na arte sequencial e se descobre ao longo do caminho.”