O norte-americano Tom Scioli é um ótimo quadrinista. Saiu-se muito bem ao narrar, em quadrinhos, a biografia de Jack Kirby, criador de Capitão América, Quarteto Fantástico, X-Men e Vingadores. E agora teremos o prazer de ver Scioli em uma empreitada similar – mas, para mim, muito difícil: fazer a biografia de Stan Lee em quadrinhos.

A Conrad acaba de lançar “Prazer, Stan: A biografia em quadrinhos do lendário Stan Lee“. Quando digo que escrever sobre Stan Lee, o homem que dispensa apresentações, é muito difícil é porque me refiro à complexidade do biografado, não ao talento do biógrafo. Li quatro livros sobre a vida dele, e avalio que apenas um é muito bom: “Invencível: A ascensão e a queda de Stan Lee“, de Abraham Riesman, fruto de uma esmerada pesquisa.

Stan Lee foi criativo, carismático, showman, hilário e, por vezes, injusto, mentiroso, sacana. Mostrar tais facetas de um ídolo para tantas gerações – e para tantos outros ídolos – é uma prebenda. Riesman conseguiu. A ver se Scioli repete aqui o bom resultado que conseguiu em “Jack Kirby: A Épica Biografía do Rei dos Quadrinhos“.

Abaixo, a sinopse da editora:

“Poucos quadrinistas podem se orgulhar de terem sido responsáveis por boa parte do imaginário geek atual. E, no entanto, Stan Lee, com seus personagens icônicos, inúmeras HQs criadas e roteirizadas, e suas recorrentes aparições nos longas do Universo Cinemático da Marvel, se tornou um símbolo por si só – alguns diriam, até, com mais reconhecimento do que o devido. Em Prazer, Stan, Tom Scioli traz para as páginas o Lee que poucos conheceram, muito além da Marvel. O quadrinho já está em pré-venda e tem data de lançamento prevista para 28 de fevereiro.

Na graphic novel, o leitor é levado aos primeiros dias de Lee na indústria de quadrinhos, passando por sua ascensão na Marvel até seus últimos anos, longe dos holofotes, o que proporciona uma visão clara de seus triunfos e falhas. Durante décadas de sua carreira, Lee transformou os quadrinhos em um rolo compressor cultural que mudou a indústria, criando super-heróis conhecidos até hoje, como o Homem-Aranha, Quarteto Fantástico, Pantera Negra, Doutor Estranho, Hulk, Viúva Negra, os X-Men e muitos outros. (…)”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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