Há 25 anos, Lourenço Mutarelli lançava “Sequelas”, uma coletânea que celebrava seus dez anos de carreira.

“Eu sou muito fechado. Os quadrinhos fazem com que eu me expresse para as pessoas. Por mais que eu me exponha, os leitores não sabem até que ponto é ficção ou realidade. É um diálogo protegido”, me disse ele então, quando o entrevistei para a “Folha de S. Paulo”.

Não importa se é ficção ou não: são histórias autorais, autênticas, que por vezes incomodam. Quadrinhos de qualidade.

Hoje, 25 anos depois, Mutarelli não é mais o mesmo (nem você ou eu, aliás): escreveu prosa, atuou no cinema e criou Diomedes, o curioso personagem que, acredito, tornou-se seu personagem mais famoso.

E a editora Comix Zone! está lançando uma nova edição de “Sequelas” – que, 25 anos depois, também mudou. Agora, há uma HQ a mais, que narra o sequestro fictício que Mutarelli sofreu na infância. Abaixo, a sinopse da editora.

“Sequelas é uma coletânea de histórias curtas criadas por Lourenço Mutarelli, um dos quadrinistas mais versáteis e influentes do Brasil. Além de apresentar seus primeiros trabalhos publicados em fanzines e revistas nas décadas de 1980 e 1990, esta edição reúne, pela primeira vez, as surreais aventuras do Pato-Camaleão e a série de tiras Ensaios Sobre a Bobeira. Esta edição também traz Réquiem, história que narra o falso sequestro sofrido pelo autor no dia de seu aniversário, em 1988. O trote desencadeou uma crise depressiva crônica que transformaria completamente a vida de Mutarelli.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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