O romance histórico “O Nome da Rosa”, do italiano Umberto Eco, é um dos clássicos recentes da literatura italiana. Livro de estreia de Eco, a obra lançada em 1980 foi premiada pela crítica italiana e ficou mais famosa em 1986, quando chegou aos cinemas uma adaptação estrelada pelo sempre excelente Sean Connery.

Uma nova adaptação de “O Nome da Rosa”, lançada este ano, tem potencial para chegar ao leitor que optou por pular as quase 600 páginas do romance: uma graphic novel ilustrada pelo também italiano Milo Manara, tido como um dos mestres dos quadrinhos eróticos.

OK, Manara é conhecido pelo erotismo, como atesta a série “O Clic”. Mas ele também é um excelente ilustrador que vai muito bem em outros gêneros, como podemos ver nos quadrinhos de época criados em parceira com Hugo Pratt e nas fantasias delirantes escritas por ninguém menos do que Federico Fellini (sim, o icônico cineasta).

Lançada este ano no exterior, a adaptação de Manara para “O Nome da Rosa” já está em pré-venda no Brasil (editora Record). Abaixo, a sinopse da obra.

“Nesta adaptação para os quadrinhos de O nome da rosa, a obra-prima de Umberto Eco encontra o gênio artístico de Milo Manara, que acrescenta uma nova dimensão ao texto brilhante de um dos pensadores mais importantes do século XX. Uma verdadeira obra de arte, a adaptação para história em quadrinhos de O nome da rosa utiliza diferentes estilos gráficos em busca da perfeição visual para tecer comentários sobre nosso tempo e sobre o passado, com suas maravilhas esculpidas em pedra e eternizadas em tinta. Cada estilo retrata uma dimensão do livro de Eco: as esculturas, os relevos dos portais e as maravilhosas e surreais iluminuras dos livros da biblioteca; o romance de formação de Adso, com a descoberta da sensualidade e da Mulher; e a história de vida dos dolcinianos, cujos valores de pobreza, não conformidade e dissidência são cruciais até hoje. É a Idade Média como nunca vista. O frade franciscano Guilherme de Baskerville chega, em 1327, acompanhado pelo noviço Adso de Melk, a uma abadia de monges beneditinos para investigar uma suspeita de heresia, mas tem seu trabalho interrompido por uma série de assassinatos misteriosos. Enquanto Guilherme investiga e se aproxima da perigosa verdade, seu jovem aprendiz descobre os segredos de um mundo obscuro e repleto de sensualidade. O nome da rosa de Manara encontra espaço na matrioska literária de Umberto Eco, que é também um livro sobre livros que contêm outros livros. Essa adaptação para os quadrinhos não é, desta forma, uma simples transcrição de um texto para outro meio, mas um acréscimo de uma nova dimensão à obra original, publicada em 1980.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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