Nem parece que estamos no século 21.

Li no Shoujo Café que o governo de extrema-direita da Hungria multou uma livraria por vender “Heartstopper”, da britânica Alice Oseman, fora de um saco fosco.

“Heartstopper” começou a ser publicado, de maneira independente, em 2016. Suas histórias giram ao redor dos adolescentes Charlie Spring e Nick Nelson, que se conhecem e acabam apaixonados.

A história fez sucesso e passou a sair por uma editora (a Hachette) e virou até seriado na Netflix (trailer abaixo) – que fez sucesso, aliás.

E qual o grande problema de “Heartsopper” que exige esta cobertura? O fato de ser um romance LGBTQIAPN+. Inacreditável.

“Hearstopper” sai no Brasil pela Seguinte (tradução de Guilherme Miranda). Abaixo, a sinopse da editora.

“Charlie Spring e Nick Nelson não têm quase nada em comum. Charlie é um aluno dedicado e bastante inseguro por conta do bullying que sofre no colégio desde que se assumiu gay. Já Nick é superpopular, especialmente querido por ser um ótimo jogador de rúgbi. Quando os dois passam a sentar um ao lado do outro toda manhã, uma amizade intensa se desenvolve, e eles ficam cada vez mais próximos.
Charlie logo começa a se sentir diferente a respeito do novo amigo, apesar de saber que se apaixonar por um garoto hétero só vai gerar frustrações. Mas o próprio Nick está em dúvida sobre o que sente ― e talvez os garotos estejam prestes a descobrir que, quando menos se espera, o amor pode funcionar das formas mais incríveis e surpreendentes.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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