O título entregou tudo… e tudo bem! Hoje é Dia Internacional da Mulher, então separei dez títulos de autoras para sugerir. Aqui, no site Hábito de Quadrinhos, sugiro uma obra americana de não-ficção, um mangá fofo, uma super-heroína da Marvel Comics, um humor argentino e uma obra erótica europeia. Para completar, na edição de hoje da coluna Hábito de Quadrinhos, publicada na TV Cultura, trago apenas dicas de HQs nacionais.
“Fun Home: Uma Tragicomédia em Família”, de Alison Bechdel
Uma obra incrível, com uma sinceridade e crueza que poucas obras de não-ficção conseguem alcançar em qualquer mídia.
Bechdel trata de várias questões ao mesmo tempo: como ela saiu do armário, o casamento péssimo de seus pais (Bruce era gay não assumido), a difícil relação entre o pai e seus filhos.
Para deixar ainda tudo mais denso, a morte dele, aos 44 anos, pode ter sido um suicídio – não há certeza em relação a isso.
“Ms. Marvel“, de G. Willow Wilson
Após o intensivão de realidade de Bechdel, um pouco da fantasia dos super-heróis – no caso, de uma super-heroína.
O legado dos heróis Marvel é meio complicado dentro da editora Marvel. São seis Capitães Marvel – e uma delas começou carreira como Miss Marvel. A ótima roteirista G. Willow Wilson (da graphic novel “Cairo”, infelizmente inédita no Brasil) resolveu adentrar nesse legado e criou uma heroína: Kamala Khan, a nova Miss Marvel! As histórias eram divertidas e bem feitas – o volume que indico aqui traz a origem da personagem.
A personagem de G. Willow Wilson vai ganhar sua própria série no Universo Cinematográfico Marvel: “Ms. Marvel” estreia ainda este ano no Disney+.
“Kimi ni Todoke – Que Chegue A Você“, de Karuho Shiina
Um mangá fofo, fofo de amor. Sawako é uma garota doce, mas não muito popular. Tudo muda quando o bonito e simpático Kazehaya começa a se aproximar dela. A série saiu originalmente no Japão de 2006 a 2017, e foi compilada em 30 volumes – todos já publicados no Brasil.
Não à toa, “Kimi ni Todoke” foi um dos grandes vencedores do Kodansha Award de 2008 – uma das duas grandes premiações japoneses dedicadas a seus mangás.
“Curvas Perigosas“, de Maitena Burundarema
“Não tem que compreender as mulheres… tem que amá-las! As mulheres não têm manual de uso… exceto pelos meus livros!”
A simpática argentina Maitena me disse essas frases em uma entrevista feita há 18 anos… E hoje, quase duas décadas depois, ela continua descrevendo as mulheres – e os homens, claro – em quadrinhos com altas doses de humor.
“Giovaníssima“, de Giovanna Casotto
Os quadrinhos eróticos da italiana Giovanna Casotto se destacam por um motivo simples: ela é uma ótima artista. Giovanna altera cenas bem-humoradas com erotismo puro em histórias que se destacam por suas ilustrações hiper-realistas.