O mundo dos quadrinhos perdeu neste final de semana um de seus maiores talentos: o espanhol Francisco Ibáñez, criador da cômica dupla Mortadelo e Salaminho.
No seu obituário, o jornal “El País” chama Ibáñez de o mais influente artista dos quadrinhos espanhois – e se “El País” diz isso, quem sou eu para discordar?
Nascido em 1936, Ibáñez começou a trabalhar com quadrinhos aos 21 anos. Foi com essa idade que criou seus maiores personagens: Mortadelo y Filemón (Mortadelo e Salaminho), dupla atrapalhadíssima de espiões – mais tarde, descobriríamos que trabalham para a T.I.A. (Técnicos de Investigações Avançadas, paródia da americana CIA).
Hoje, 65 anos, o humor físico e surreal da dupla rendeu nada menos do que 224 (!) livros.
Ibáñez não conseguiu por aqui a mesma recpercussão que alançou na Europa. No Brasil, me informa o ótimo site Guia dos Quadrinhos, “Mortadelo e Salaminho” saiu apenas nas décadas de 70 e 80, principalmente no jornal “O Globo”.