A Veneta colocou em pré-venda uma premiada HQ coreana que trata de um tema delicado e doloroso: abusos cometidos por pais e professores.

Más Companhias“, da sul-coerana Ancco (pseudônimo de Choi Kyung-jin), foi premiada no Festival de Angoulême (na França), de 2017, na categoria reveleção – o que já nos dá uma pista sobre a qualidade da obra. Mas o que me atraiu mais para ela é justamente o tema – em tempos em que temos sido cada vez mais obrigados a refletir sobre bullying, violência (e até massacres) nas escolas e educação.

Quanto mais refletirmos sobre este tema, melhor para nós – e sempre lembro do impactante documentário “Tiros em Columbine” (se você não assistiu, recomendo). Não diz respeito exatamente ao que este manwha (quadrinho coreano) aborda, mas, em essência, são temas extremamente próximos.

Abaixo, a sinopse da editora:

“A história se passa no fim dos anos 90, em uma Coreia dividida entre a tradição e a modernidade. Submetida diariamente ao abuso físico e psicológico de seus pais e professores, a jovem Jinju encontra refúgio nas tardes com sua amiga Jeong-ae. Tardes regadas a álcool, cigarros e desabafos.
Cansadas das surras constantes e do tédio cotidiano, as duas decidem fugir de casa, mas logo descobrem que o mundo lá fora não é tão gentil quanto parece. Um dos maiores nomes do manhwá contemporâneo, Ancco mistura elementos autobiográficos e ficcionais com seu traço sombrio e expressivo, construindo um relato sensível sobre a experiência de crescer mulher na Coreia do Sul. Uma reflexão sobre a amizade entre mulheres e a ânsia por quebrar regras como táticas de sobrevivência, Más Companhias é um quadrinho arrebatador.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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