Muito já foi dito sobre o norte-americano Will Eisner, um dos maiores nomes do mundo quando falamos sobre quadrinhos. E, felizmente, continuaremos falando nele por um bom tempo!

A editora JBraga lançou no Catarse e agora disponibiliza em seu site a pré-venda de “Spirit nº 1 – Aniversário de 80 anos” (um nome que, confesso, achei curioso, já que o personagem completou 8 décadas em 2020).

Eisner criou o herói em 1940, na onda dos super-heróis que inundavam os Estados Unidos. Dado como falecido, o inteligente e atlético Denny Colt resolveu aproveitar sua “morte” para assumir uma nova identidade e combater o crime: o Spirit (“espírito”, em tradução literal).

As HQs do Spirit eram bem diferentes das de seus contemporâneos. Enquanto Superman, Batman e companhia saiam em revistas mensais de cerca de 20 páginas, o Spirit tinha histórias mais curtas (8 páginas, normalmente) e saia encartado em jornais dominicais. Mas o grande diferencial estava na qualidade de suas aventuras: Will Eisner eram um gênio em formação, tanto no roteiro como na arte. Criado na onda dos super-heróis, Spirit viria a influenciar os quadrinistas do gênero nas décadas seguintes – Alan Moore, Neil Gaiman e tantos outros, por exemplo.

(Comento aqui, na série QUADRINISTAS ETERNOS, a importância de Will Eisner para a nona arte.)

Abaixo, a sinopse da editora:

“A dramática origem do Spirit, o roubo da fórmula para uma poderosa bomba atômica, assassinatos misteriosos de ídolos dos quadrinhos, um monstro gigantesco, uma confissão peculiar e até o inusitado dia em que o celebrado suplemento dominical de quadrinhos não teve uma história do Spirit são destaques desta edição especial que a JBraga Comunicação está publicando. Algumas dessas histórias não são publicadas no Brasil há pelo menos cinquenta anos – na verdade, histórias originais do Spirit criadas por Eisner não são publicadas no Brasil desde 1997!
Das nove histórias escritas e desenhadas por Eisner presentes nesta edição, cinco delas foram colorizadas especialmente e com exclusividade por dois grandes nomes das cores digitais nos quadrinhos modernos: Laura Martin, de séries premiadas como The Authority e Planetary (de Warren Ellis), e Jeremy Cox, de Promethea (do roteirista Alan Moore). O trabalho dos dois coloristas teve o mérito de deixar ainda mais fantástica a arte de Eisner e o mundo que criou.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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