Acho que já mencionei aqui: quando cresci, eu era um lobo solitário, não conhecia ninguém que lesse quadrinhos (exceto Turma da Mônica). Nada interessava meus amigos, exceto, salvo engano, o personagem John Constantine, Los Três Amigos e a revista “Animal”.

Talvez a menos famosa de todas, “Animal” foi um marco: uma porta de entrada para quadrinhos adultos (a maioria, europeus), ora violentos, ora divertidos, ora chocantes. Seu slogan era “feia, forte e formal”!

Um dos protagonistas de “Animal” era o personagem conhecido como Ranxerox, da dupla italiana Stefano Tamburini e Tanino Liberatore. Suas hitórias se passavam em um futuro violento e estranho, recheadas de um tipo de humor algo peculiar – Ranxerox era uma espécie de androide construído a partir de peças de uma máquina copiadora da Xerox, daqui o nome dele…

Pois bem: o feio, forte e não tão formal Ranxerox, agora chamado Ranx, está de volta. A Comix Zone está lançando um volume de 192 páginas de suas histórias: “Ranx“.

Abaixo, a sinopse da editora.

Precursora do movimento cyberpunk, subversiva, erótica e ultraviolenta, a série cult dos anos 1980 está de volta em uma edição integral definitiva. Criado por Stefano Tamburini e consagrado pelo traço hiperrealista e cores deslumbrantes de Tanino Liberatore, RANX nasceu de uma revolução nas ruas, e provocou outra revolução, na cultura pop. Este livro reúne todas as histórias do personagem, incluindo “Ai, Robô!”, escrita por Jean-Luc Fromental e inédita no Brasil. Ranxerox é um robô bronco e mal-humorado perdidamente apaixonado por Lubna. Vivendo em um mundo pós-apocalíptico em que o consumismo, a violência e o egoísmo são as normas, ele não mede esforços para agradar sua garota. Seja conseguir drogas, gravar um filme na tevê ou estrelar um musical na Broadway, ele fará de tudo para satisfazer os desejos de Lubna ou salvá-la das enrascadas em que se mete. A edição tem acabamento de luxo, com formato grande, capa dura, 192 páginas em cores, impressas em papel couché de alta gramatura, e traz como brinde um sticker exclusivo. Impróprio para menores de 18 anos.”

Please follow and like us:

Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

LinkedIn: https://br.linkedin.com/in/pedro-cirne-563a98169