Uma boa notícia que você já deve ter percebido: é tanto projeto nacional relacionado a quadrinhos nos sites de financiamento coletivo que é difícil de acompanhar. Por isso, ao menos uma vez por mês eu seleciono aqui no Hábito alguns que me parecem interessantes. Tento pegar projetos que sejam diferentes entre si – afinal, ainda mais bacana do que ver que há muitas opções é notar que elas são para todos os gostos.

(As descrições não são minhas, mas dos autores – eu peguei no Catarse.)

Banda” nº 3, de Douglas Utescher, Gustavo Nogueira e Thiago Borges

Banda é uma revista jornalística sobre quadrinhos. Cada edição tem um tema específico, sobre o qual serão abordados tópicos conhecidos do público, porém sob uma nova perspectiva, assim como questões pouco comentadas, mas que precisam ser debatidas. Esta campanha financiará a impressão da Banda #3, a ser lançada em novembro – e os apoiadores terão à sua disposição uma edição digital exclusiva, a #2.5 (veja mais informações abaixo).
Em 2022, o “marco zero” do quadrinho independente brasileiro completa cinquenta anos. A revista Balão foi criada por Laerte Coutinho e Luiz Gê em 1972, após se conhecerem quando estudavam na Universidade de São Paulo. Em suas páginas, a revista revelou uma das gerações mais talentosas da HQ nacional (incluindo os irmãos Caruso e Xalberto, entre outros), sendo responsável por pavimentar a cena underground e alternativa surgida nas décadas seguintes. Todo jovem artista que se autopublica pode ser considerado um discípulo da Balão.
Para celebrar essa data tão importante, a Banda #3 traz o tema quadrinhos independentes. O grande destaque do conteúdo é a entrevista exclusiva com Laerte e Gê. A conversa – realizada em abril no apartamento de Gê, em São Paulo – passeia pela memória dessas duas lendas da HQ nacional, voltando ao tempo no qual davam seus primeiros passos na produção de quadrinhos para relembrar os bastidores da Balão.

Gwen in Wonderllen!“, de Gem.i.ni

“Gwendolyn é uma jovem de 16 anos que está de mudança, junto com sua família, para uma cidade interiorana chamada Avallen. No entanto, ela não está feliz. Como conseguirá recomeçar sua vida, em um novo colégio? Será capaz de fazer amigos? Suas divagações são interrompidas quando um misterioso acidente a separa de seus familiares, levando-a para misteriosa cidade de “Wonderllen”.
“Gwen in Wonderllen” é uma história que fala sobre como é possível de se encontrar amizades nos locais mais improváveis.”

E o mar me trouxe até aqui“, de Phellip William Gruber

“Um menino está perdido no mar. Ele sabe que deve ir para algum lugar, mas não entende bem para onde. Também não lembra de onde veio, sabe apenas que deve nadar. No caminho, encontra com pessoas, animais e desafios que somente o mar pode proporcionar. O que guarda para ele o fim?”

Michelle e Mabelle“, de Rafael Marçal

“Michelle é uma Carangueja-Ermitão muito antissocial e medrosa.
A Polvinha Mabelle é fofa e adora colecionar conchas. O problema é que ela encasquetou com a CASA da Michelle.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

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