Todo sábado, fazemos aqui no Hábito de Quadrinhos a nossa Sessão Saudade, quando sugiro obras que têm algo em comum, mas são completamente diferentes entre si.

Como hoje é o BATMAN DAY, o algo em comum, claro, é o cidadão mais famoso de Gotham City. Para seguir a proposta desta sessão e sugerir obras diferentes, eu selecionei três HQs criadas em décadas distantes: anos 30, anos 70 e século 21. Lendo nessa ordem, dá para ver não só a evolução do personagem, mas um pouco das mudanças no gênero dos super-heróis.

Batman – Crônicas”, de Bill Finger, Bob Kane e Jerry Robinson

Amo a coleção “Crônicas”. Lamento que poucos volumes tenham sido lançados no Brasil. A ideia é mostrar todas as histórias de um personagem na ordem em que foram publicadas. Este volume que indico apresenta a primeira aparição do Homem-Morcego. Relíquia!

Batman – Lendas Do Cavaleiro Das Trevas – Neal Adams”, de Neal Adams

Não tenho nada contra a série cômica de TV do Batman, lançada no fim dos anos 60.  Graças a ela, houve uma mudança no caminho do personagem: suas HQs ficaram mais engraçadas e leves. Aí veio a dupla Dennis O’Neill (falo aqui sobre ele) e Neal Adams, que nos brindaram com uma nova fase de histórias para o Morcegão. Mais sombrias, mais de suspense… E, acima de tudo, melhores. Um salto de qualidade.

Corporação Batman”, de Grant Morrison e vários

Uma obscura história do Batman de 1955 mostrou que ele influenciou – e treinou – outros vigilantes ao redor do mundo (inclusive um chamado Gaúcho). Mais de 50 anos depois, Grant Morrison recuperou essa aventura e a atualizou: agora, Bruce Wayne financia, publicamente, esses vigilantes! Acrobata Noturna, na França; Batwing, no Congo; Ranger Sombrio, na Austrália… Todos eles são envolvidos nesta intricada trama que mistura o mundo dos super-heróis com o da espionagem internacional.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

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