Ótimo roteirista e ilustrado, o japonês Jiro Taniguchi (1947-2017) é um dos meus quadrinistas favoritos. Se você não conhece seu trabalho, recomendo desde já obras dele que saíram no Brasil nos últimos anos, como “Um Bairro Distante”, “Zoo no Inverno” e “O Homem que Passeio”.
E a Pipoca & Nanquim anunciou para este mês um álbum inédito dele: “O Diário do Meu Pai”. Li a edição portuguesa, publicada há uma década lá do outro lado do Atlântico, e é um dos meus mangás favoritos: sensível, inteligente, envolvente.
Abaixo, a sinopse que encontrei na Biblioteca Brasileira de Mangás:
“A morte do pai leva Yoichi Yamashita, um designer a residir em Tóquio, a regressar à terra natal, francamente empurrado pela esposa. Imbuído de sentimentos antagónicos, Yoichi vai revelando, pouco a pouco, os pormenores complexos da sua infância e da relação difícil com o progenitor. As primeiras memórias são escassas, mas a distância do pai é uma constante. Obstinadamente dedicado ao trabalho na barbearia, o seu pai parece uma figura fria e censurável, mas à medida que Yoichi vai falando com outras pessoas e registando as homenagens durante o funeral, vai tirando outras ilações.”