Em 2005, a escritora marfinense radicada na França Marguerite Abouet e o ilustrador francês Clément Oubrerie estrearam uma parceria com o livro “Aya“. Engraçado e dramático na medida certa, o álbum mostrava o cotidiano de um grupo de pessoas na Costa do Marfim.

E quando digo “na medida certa”, veja bem, não é só a minha opinião. O álbum foi premiado no prestigioso Festival de Angoulême, na categoria para autores estreantes – um estímulo para que os artistas continuassem no mundo dos quadrinhos.

E não foram só Abouet e Oubrerie que seguiram em frente: Aya, a personagem-título, e seus amigos e parentes continuaram envelhecendo e enfrentando os problemas naturais da vida. Entre 2005, o ano da estreia, e 2010 foram nada menos do que seis volume.

E então… um hiato. O sétimo volume saiu apenas em 2022. Neste período, Abouet e Oubrerie não ficaram parados, claro – envolveram-se até em uma animação que adaptava a própria HQ, e estreou em 2013: “Aya de Yopougon”.

Toda esta apresentação para dizer que há algumas semanas, em janeiro, as livrarias francesas receberam o oitavo volume desta ótima saga. Se eu quero que ele saia por aqui? Não! Por enquanto, não… Afinal, só os três primeiros volumes foram publicados no Brasil. O que eu quero mesmo é que eles venham todos, mas na ordem certa, um por um…

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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