Estamos na Semana da Mulher. Quis aproveitar, neste ano, para apresentar aqui no site seis HQs ótimas criadas por mulheres que eu tenha lido recentemente (entre o ano passado e este). Minha memória é muito ruim, mas achei que eu conseguiria, sem consultar, ao menos 6 quadrinhos para divulgar aqui: acabei conseguindo 12!

Hoje, apresento seis HQs das quais gostei muito e recomendo. Amanhã, mais seis. Durante toda a semana, serão seis sugestões por dia, com recortes diferentes, para chegarmos ao total de 30 indicações na próxima sexta – muitas ótimas ficaram de fora, mas daremos um jeito de as citar por aqui no decorrer do ano.

Arlindo
Um bom exemplo de obra nacional: Ilustralu nos brinda a história do jovem potiguar Arlindo e aqueles momentos difíceis da adolescência em que temos de entender quem somos e, ao mesmo tempo, lutar para sermos aceitos.

A Tragédia da Princesa Rokunomiya
Kuniko Tsurita foi uma artista revolucionária no Japão. A partir dos anos 60, começou a entregar a seus leitore histórias experimentais, que inovavam na narrativa, nos temas e em detalhes da arte. Um belo passeio por HQs nada convencionais.

Bezimena
A sérvia-canadense Nina Bunjevac escolheu um tema dificílimo: o ponto de vista de um serial killer para seus crimes. Com enorme talento tanto para roteiro como para arte, ela entrega uma HQ de primeira qualidade.

Jun
A coreana Keum Suk Gendry-Kim é um dos grandes nomes do momento no mundo dos quadrinhos. Esta sua obra, “Jun”, é tão delicada quanto forte, narrando a vida de um jovem rapaz no espectro autista e sua paixão pela música.

Lore Olympus
O romance da neozelandesa Rachel Smythe adapta para tempos atuais o mito grego de Hades e Perséfone. Lindamente ilustrado (é daqui a imagem que abre este texto) e muito bem escrita, altera humor, fofura e temas pesados sem perder a qualidade.

Nos Olhos de Quem Vê
A brasileira Helô D’Angelo produziu uma ótima reflexão sobre autoestima, beleza e o quanto julgamos os outros – ou, pior, o quanto permitimos que os outros nos julguem. Ótimo quadrinho, ótima reflexão.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

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