O BD Angoulême, realizado na França e mais prestigioso festival de quadrinhos da Europa, divulgou no final de semana o grande premiado na categoria de melhor álbum do ano: “La couleur des choses” (“A cor das coisas”, em tradução livre), do suíço Martin Panchaud.
Não li nada de Panchaud, inédito no Brasil. Mas dá para ver que “La couleur des choses” é uma obra inovadora – ao menos, esteticamente. Suas páginas parecem telas de videogames, com as cenas vistas de cima e os personagens representados na forma de círculos coloridos, vistos de cima.
Repare no quadro que abre este texto: as duas figuras redondas azuis, que parecem fichas de pôquer, são policiais (há uma legenda no pé da página, explicando, assim como os dois círculos com uma cruz vermelha no centro são paramédicos. Uma quinta bolinha, agora marrom, é um criança procurando pela mãe; e há uma pessoa ferida ou morta, que presumo ser a tal mãe, na cozinha, representada por um círculo azul.
Como não li, obviamente não sei dizer se é uma boa HQ. Mas, convenhamos, uma estética tão original é, no mínimo, um convite à leitura. Fico na torcida para que saia por aqui.