Soube nesta quinta que perdemos um dos meus ídolos no universo dos quadrinhos: Keith Giffen, um dos maiores nomes do gênero dos super-heróis nas últimas décadas, morreu aos 70 anos.
É fácil elogiar o trabalho de Giffen. Ele escrevia e ilustrava muito bem. Além disso, criava personagens – como Rocket Raccoon, para a Marvel, e o Besouro Azul para a DC. Filmes com ambos os personagens estrearam no cinema este ano.
Além disso, Giffen recriava personagens. Por menor que fosse a popularidade ou a importância dele para a editora, ele dava um jeito. Foi assim, por exemplo, com heróis de segundo escalão da DC que foram completamente reinventados por ele e seu colega J.M. DeMatteis em sua icônica passagem pela Liga da Justiça. (Comento aqui esta excelente fase da Liga da Justiça.)
A imagem que abre este texto, aliá, é do 50º número desta revista e mostra os próprios responsáveis por esta fase da Liga: à esquerda, Andrew Helfer (editor); à direita, J.M. DeMatteis, que escrevia os roteiros com Giffen; ao centro, o próprio Giffen, após ter uma grande ideia…
Keith Giffen também teve uma passagem icônica pela Legião dos Super-Heróis, de onde tirei a dramática ilustração acima. Só escrevendo, só roteirizando ou fazendo ambos ao mesmo tempo, ele foi responsável pela criação ou recriação de dezenas de personagens deste icônico grupo da DC.
E Giffen sempre soube rir. Da própria DC, do gênero dos super-heróis e, claro, de si mesmo – o que fez, inclusive, na hora de sua morte. Ele deixou uma mensagem a ser publicada em suas redes sociais, provavelmente por sua família, que dizia assim: “Eu disse a eles que estava doente… Qualquer coisa para não ir para a New York Comic Con, Obrigado”.
Você verá, nos próximos dias, muitos textos em homenagem a Giffen (dois deles escritos por mim). Por seu talento, criatividade, humor e inteligência, ele merece.