Deus da trapaça e da mentira, irmão do Thor, uniforme verde e amarelo. Loki, criação de Stan Lee, Larry Lieber e Jack Kirby, é um dos grandes personagens dos quadrinhos da Marvel.
E, para quem o acompanhou desde os tempos em que era “apenas” um vilão extremamente poderoso, antes de ir mudando para um dúbio anti-herói, Loki é agora, surpreendentemente, um dos protagonistas do Universo Cinematográfico Marvel – a segunda temporada de sua série estreia esta semana.
Hoje vamos ver uma curiosidade sobre Loki. Como sabemos, ele vem da mitologia nórdica, e qualquer um pode adaptá-lo para as HQs (ou qualquer mídia). A DC, rival da Marvel, tem, aliás, uma versão do Loki bem interessante, criada por Neil Gaiman (ele manja muito do tema, já escreveu um livro sobre mitologia nórdica).
Enfim, a curiosidade de hoje sobre Loki é: esta versão que conhecemos dela não é a primeira da Marvel. Muito antes de se estabelecer como uma editora de super-heróis, nos anos 60, a Marvel meio que atirava para todo lado. Tinha revista de terror, revista de fantasia, revista de amor, revista romântica de fantasia (?!)… Esta última era protagonizada por Vênus, a deusa romana do amor.
E foi na sexta edição de “Venus”, lançada em 1949, que o primeiro Loki da Marvel surgiu. Mais uma vez como vilão, ele participou de uma história que foi praticamente um pot-pourri de referências: personagens nórdicos, da mitologia greco-romana e demônios cristãos. Ou autores desta miscelânea, infelizmente, não foram creditados.
Esta versão do Loki não durou muito tempo. Por um lado, isso foi bom: abriu caminho para o Loki que amamos hoje. Amamos por enquanto, claro: até percebermos que ele mentiu e que fomos envolvidos em uma de suas clássicas trapaças…