Deus da trapaça e da mentira, irmão do Thor, uniforme verde e amarelo. Loki, criação de Stan Lee, Larry Lieber e Jack Kirby, é um dos grandes personagens dos quadrinhos da Marvel.

E, para quem o acompanhou desde os tempos em que era “apenas” um vilão extremamente poderoso, antes de ir mudando para um dúbio anti-herói, Loki é agora, surpreendentemente, um dos protagonistas do Universo Cinematográfico Marvel – a segunda temporada de sua série estreia esta semana.

Hoje vamos ver uma curiosidade sobre Loki. Como sabemos, ele vem da mitologia nórdica, e qualquer um pode adaptá-lo para as HQs (ou qualquer mídia). A DC, rival da Marvel, tem, aliás, uma versão do Loki bem interessante, criada por Neil Gaiman (ele manja muito do tema, já escreveu um livro sobre mitologia nórdica).

Enfim, a curiosidade de hoje sobre Loki é: esta versão que conhecemos dela não é a primeira da Marvel. Muito antes de se estabelecer como uma editora de super-heróis, nos anos 60, a Marvel meio que atirava para todo lado. Tinha revista de terror, revista de fantasia, revista de amor, revista romântica de fantasia (?!)… Esta última era protagonizada por Vênus, a deusa romana do amor.

E foi na sexta edição de “Venus”, lançada em 1949, que o primeiro Loki da Marvel surgiu. Mais uma vez como vilão, ele participou de uma história que foi praticamente um pot-pourri de referências: personagens nórdicos, da mitologia greco-romana e demônios cristãos. Ou autores desta miscelânea, infelizmente, não foram creditados.

Esta versão do Loki não durou muito tempo. Por um lado, isso foi bom: abriu caminho para o Loki que amamos hoje. Amamos por enquanto, claro: até percebermos que ele mentiu e que fomos envolvidos em uma de suas clássicas trapaças…

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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