O historiador Timothy Snyder, professor de História em Yale (EUA), tem um longo trabalho sobre liberdade e tirania, que já lhe renderam alguns reconhecimentos como Prêmio Hannah Arendt de Pensamento Político e o prêmio do Comitê Holandês de Auschwitz.
Norte-americano, Snyder usou as redes sociais após seu país eleger Donald Trump como presidente para elencar “vinte lições tiradas do século 20”. Este texto foi a base para “Sobre a Tirania”, livro de título autoexplicativo lançado no ano seguinte.
E o que Timothy Snyder está fazendo em um site sobre quadrinhos?
Entra em cena a talentosa autora germano-americana Nora Krug, que aproveita seu talento como quadrinhista para abordar temas profundos. É dela o livro “Heimat“, já publicado no Brasil, em que ela aborda as origens de sua família (alemã) e da ligação de seus antepassados com o nazismo.
A Companhia das Letras está lançando no Brasil o mais novo livro de Nora Krug: “Sobre a Tirana“, adaptação do livro de Snyder (tradução de Donaldson M. Garschage ).
Abaixo, a sinopse da editora:
“Dias após a eleição de Donald Trump, o historiador Timothy Snyder postou um texto no Facebook que rapidamente foi compartilhado por dezenas de milhares de pessoas. Ele começava assim: “Não somos mais sábios do que os europeus que viram a democracia dar lugar ao fascismo, ao nazismo ou ao comunismo no século XX. Nossa única vantagem é poder aprender com a experiência deles”. O post então apresentava vinte lições tiradas do século XX e adaptadas para o mundo de hoje — ideia que Snyder desenvolve e aprofunda em Sobre a tirania, um livro ao qual se deve voltar regularmente para que possamos enfrentar os desafios do presente.
Nesta edição ilustrada, Nora Krug empresta seu estilo altamente inventivo para dar nova vida, cor e poder às fascinantes referências históricas de Snyder, transformando o livro em uma reflexão visualmente impressionante. Em um momento de grande incerteza e instabilidade mundiais, esta versão de Sobre a tirania enfatiza a importância de sermos personagens ativos e conscientes na resistência. Uma leitura crucial para o nosso tempo, um livro profundamente comovente, poderoso e magnífico.”