Gene Luen Yang é um ótimo quadrinista. Americano de origem chinesa, ficou famoso como quadrinista com “O Chinês Americano”, graphic novel que, de modo inteligente e divertido, retratava imigrantes chineses nos EUA enquanto refletia sobre raça, família, aceitação, preconceito. Não à toa, foi eleito o melhor graphic album no Eisner Awards, o Oscar americano dos quadrinhos.

Yang é versátil: suas histórias de super-heróis, como o Super-Man chinês que criou para a DC Comics, são também muito boas. Trazem um bom bocado da descomunal cultura chinesa, respeitando o gênero dos super-heróis com personagens carismáticos, humor e muita ação.

É este artista de faces tão diferentes que nos traz “Dragon Hoops – De pequenos passos a grandes saltos” (ed. Companhia das Letras, tradução de Érico Assis). Mesmo sem ser fã de esportes, ele viu no time amador de basquete de sua cidade a oportunidade para uma história – e, como de hábito, reflexões.

O resultado foi uma HQ de qualidade que, para surpresa de ninguém, figurou nas listas de melhores do ano de “The New York Times”, “The Washington Post”, Amazon, “Forbes”… Abaixo, a sinopse da editora.

“Gene Luen Yang não tinha nenhum interesse especial por basquete ou por qualquer outro esporte quando começou a escrever este livro. O quadrinista estava à procura de um assunto para sua nova HQ quando ouviu falar do time de basquete da Bishop O’Dowd, escola onde leciona ciência da computação em Oakland, Califórnia.
Os Dragons da Bishop O’Dowd viviam naquele ano uma temporada extraordinária, com reais chances de vencerem o campeonato estadual. Depois de conhecer o técnico e os jovens astros da equipe, Gene percebe que a história deles (e do esporte em questão) é tão emocionante quanto qualquer coisa que ele tenha visto em uma página de quadrinhos! Ele sabe que tem que seguir este épico esportivo até o fim — só não imagina o quanto a temporada irá mudar a sua vida também.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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