Quando eu era pequeno, um dos personagens de quadrinhos mais queridos pela minha família era Dennis, o Pimentinha. Criado em 12 de março de 1951 pelo norte-americano Hank Ketcham, Dennis é um menino travesso (exageradamente travesso, diria seu azarado vizinho, George Everett Wilson Sr.) que vive aventuras hilárias.

Há tempos não vejo nada do Dennis por aí. Ele teve revistas próprias aqui no Brasil nos anos 50, 60 e 70, sempre pela editora O Cruzeiro. No final dos anos 70, ele continuou com seus títulos próprias, primeiramente pela Vecchi e, a partir de 1977, pela RGE, onde figurou até 1981, quando saiu o último número de sua revista mensal.

E por onde anda Dennis, o Pimentinha?

No Brasil, embora não tenha uma revista mensal há mais de quatro décadas, Dennis ganhou uma edição especial pela Globo em 1993, batizada de “Dennis – O Pimentinha”. Depois, silêncio de novo. Descobri recentemente que o fanzine “Dinossauro Infantil” publicou histórias curtas suas nos seus dois primeiros números. Mas só isso nas últimas duas décadas…

Para quem gosta de animação, o canal Looke disponibiliza os 65 episódios da série animada dos anos 80. O filme de 1993, com o excelente Walter Matthau como o vizinho Wilson, está disponível em quatro canais de streaming.

Hank Ketcham criou as tiras de Dennis (personagem criado originalmente para os jornais) até 1994. Hoje, são três artistas que dividem a dura tarefa de arranjar um desafio novo para o Pimentinha: Marcus Hamilton (ex-assistente de Hank), Ron Ferdinand (também ex-assistente) e Scott Ketcham (filho de Hank!).

Saudades de ler histórias de Dennis. Tomara que eu o veja em breve por aí, aprontando alguma travessura bem divertida com alguém – de preferência, que não seja comigo…

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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