Ele é bárbaro. Ele é feroz. Com a espada na mão, então, ele é praticamente invencível. E ele é hilário!

Groo, o Errante, criado por Sergio Aragonés como uma paródia/homenagem às aventuras à la Conan, vai saltar dos quadrinhos para a animação.

Criado em 1982, Groo é um aventureiro narigudo e barrigudo que vive em uma espécie de Idade Média fantástica vagando em busca de “pelejas” (combates), que normalmente resultam em terra arrasada – sem que ele tenha entendido direito o que aconteceu (inteligência não é um dos seus pontos fortes).

O personagem chegou ao Brasil em 1989, quando a editora Abril o apresentou aos leitoras com a graphic novel “A Morte de Groo”.

Na época, a Abril usava sua coleção de graphic novels como uma espécie de teste: o personagem que fizesse sucesso ganharia novas chances. Groo foi um dos poucos que teve ótima aceitação, o que lhe rendeu uma revista mensal lançada de 1990 a 92, sendo encerrada no 27º número.

De lá para cá, Groo voltou ao Brasil em edições esporádicas. Meu amigo Celso Freixo, da ótima loja de HQs Comic Hunter, me contou uma vez que essa coleção de Groo no Brasil é rara de ser encontrada em sebos. Quando uma pessoa se desfaz da sua coleção, acaba não abrindo mão dos exemplares do bárbaro narigudo. Groo arrebenta os inimigos nas suas “pelejas” e arrebata o coração de nós, leitores.

Pois bem. Vi no “The Hollywood Reporter” que a empresa Did I Err Productions adquiriu os direitos da adaptação de Groo.

Ainda não temos informações mais precisas sobre o projeto – sabemos que é uma animação, mas não quando estreará, quem interpretará o bárbaro etc. Mas, conhecendo Groo, podemos esperar que não sobre pedra sobre pedra. E que teremos muitas “pelejas”.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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