A triste pandemia de Covid-19 é incontornável. Está ao nosso redor, por vezes perto demais. E a Arte reflete a vida. Desde o início do ano passado, artistas em geral têm abordado este momento trágico da humanidade. Tenho acompanhado muita coisa interessante de quadrinistas brasileiros nas redes sociais – há duas semanas dei alguns exemplos, e daqui a duas semanas darei de novo.

Nesta semana, separei três projetos de quadrinhos completamente diferentes entre si pelo mundo. Falei do mangá que educa e da coletânea intercontinental que faz rir e pensar. Hoje chegou a vez de… humor. Crítico, bem crítico, mas humor.

No início da pandemia, o talentoso português Luís Louro apresentou em suas redes sociais a série “Os Covidiotas”. São tiras sem personagens fixos, mas protagonizadas por pessoas com algo em comum: negacionistas da pandemia ou egoístas que só pensam em si. Ou ambos.

Você provavelmente viu alguém assim recentemente. Pessoas andando sem máscaras na rua, usando as redes sociais para chamar a máscara de “focinheira ideológica”, reunindo muitas pessoas em casa (“eu confio neles”), culpando sem provas funcionários por pegarem o vírus etc.

Recentemente, a atriz Tatá Werneck foi ao enterro de um amigo próximo, o ator Paulo Gustavo (vítima de Covid), e foi bastante criticada por usar máscaras. Dá para entender de onde o Luís Louro cunhou o termo “covidIOTAS”.

Enfim, Luís Louro acaba de lançar “Os Covidiotas”, livro de 88 páginas com seu humor crítico, ácido e certeiro. Se as pessoas continuarem se comportando como quem atacou Tatá Werneck, ele terá material para muitas continuações sobre o tema.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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