A triste pandemia de Covid-19 é incontornável. Está ao nosso redor, por vezes perto demais. E a Arte reflete a vida. Desde o início do ano passado, artistas em geral têm abordado este momento trágico da humanidade. Tenho acompanhado muita coisa interessante de quadrinistas brasileiros nas redes sociais – há duas semanas dei alguns exemplos, e daqui a duas semanas darei de novo.
Nesta semana, separei três projetos de quadrinhos completamente diferentes entre si pelo mundo. Falei do mangá que educa e da coletânea intercontinental que faz rir e pensar. Hoje chegou a vez de… humor. Crítico, bem crítico, mas humor.
No início da pandemia, o talentoso português Luís Louro apresentou em suas redes sociais a série “Os Covidiotas”. São tiras sem personagens fixos, mas protagonizadas por pessoas com algo em comum: negacionistas da pandemia ou egoístas que só pensam em si. Ou ambos.
Você provavelmente viu alguém assim recentemente. Pessoas andando sem máscaras na rua, usando as redes sociais para chamar a máscara de “focinheira ideológica”, reunindo muitas pessoas em casa (“eu confio neles”), culpando sem provas funcionários por pegarem o vírus etc.
Recentemente, a atriz Tatá Werneck foi ao enterro de um amigo próximo, o ator Paulo Gustavo (vítima de Covid), e foi bastante criticada por usar máscaras. Dá para entender de onde o Luís Louro cunhou o termo “covidIOTAS”.
Enfim, Luís Louro acaba de lançar “Os Covidiotas”, livro de 88 páginas com seu humor crítico, ácido e certeiro. Se as pessoas continuarem se comportando como quem atacou Tatá Werneck, ele terá material para muitas continuações sobre o tema.