O espanhol Carlos Giménez teve uma infância duríssima dentro de um abrigo militar-católico em Paracuellos. Suas lembranças trazem tristeza, dores, traumas e sonhos de um menino que queria ser quadrinista.

Carlos Giménez virou quadrinista. E esta infância dolorosa está muito presente em seu trabalho. A série semiautobiográfica “Paracuellos” já teve oito livros publicados na Europa, reunidos em dois volumes aqui no Brasil. E agora chegou a vez de seu “epílogo” sair por aqui: “Barrio“, lançada no fim do ano passado pela Comix Zone.

Coloquei “epílogo” entre aspas porque todos os volumes de “Paracuellos” se passam dentro do abrigo que leva este nome, e esta história se passa fora dele, como se vê na sinopse da editora:

“Nesta obra, o autor reconstrói passo a passo o reencontro familiar, seu primeiro trabalho, a rotina do bairro, os amigos, os primeiros amores… momentos e experiências diversas de sua própria vida. Retrata com infinito rigor a sociedade e o cotidiano da Espanha do pós-guerra. São esses relatos, aparentemente desimportantes, sobre o dia a dia das pessoas “normais” que fazem a história silenciosa de um país. Em Barrio, Giménez nos mostra porque é considerado o autor mais importante dos quadrinhos espanhóis das últimas cinco décadas.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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