O italiano Hugo Pratt e sua criação Corto Maltese são dois grandes nomes dos quadrinhos mundiais. Pratt escreveu e ilustrou belíssimos álbuns (não só do Corto e nem sempre sozinho), enquanto o personagem protagonizou aventuras memoráveis – “A Balada do Mar Salgado” é a minha favorita.

Recapitulando o personagem para quem não conhece: Corto Maltese é um marinheiro que viveu diversas aventuras nos primeiros 25 anos do século passado. Como estava sempre viajando dentro de um navio, suas histórias se passam em diferentes lugares do mundo, inclusive no Brasil (“Sob o Signo de Capricórnio”). Vale dizer que são histórias que transcendem a aventura, com toques de psicologia e poesia, como explico nesta coluna.

Hugo Pratt morreu em 1995, quatro anos após sair sua última história estrelada por Corto Maltese. Ficamos 24 anos sem o ver em ação, até que os espanhóis Juan Díaz Canales (roteiro) e Rubén Pellejero (arte) assumiram o manto: foram quatro álbuns desde então, sendo que apenas o primeiro saiu no Brasil, “Sob o Sol da Meia-Noite“. Agora, a editora Trem Fantasma colocou à venda o livro seguinte, “Equatória“. Abaixo, a sinopse da editora.

“O ano é 1911. Entre Veneza e as selvas da África equatorial, Corto Maltese procura o Espelho do Preste João, um mítico objeto medieval relacionado às Cruzadas. Em sua rota, cruzam três mulheres cujos destinos são estranhamente complementares: Aída, uma perspicaz jornalista, Ferida, em busca do pai desaparecido e Afra, uma ex-escravizada, além de precisar enfrentar tropas coloniais, traficantes de escravos e movimentos nacionalistas.

Equatória é a segunda aventura do lendário marinheiro maltês, criação máxima de Hugo Pratt, assinada pela dupla Juan Díaz Canales (Blacksad) e Rubén Pellejero (As Aventuras de Dieter Lumpen / Cromáticas). A edição da Trem Fantasma vem recheada de extras: esboços, comentários dos autores e contextualização histórica que irão fazer os leitores imergirem ainda mais nesta incrível aventura.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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