A Pipoca e Nanquim lançou na semana passada “Alack Sinner“, obra dos argentinos Carlos Sampayo (roteiro) e José Muñoz (desenho) lançada (e premiada) inicialmente na Europa.

Sampayo e Muñoz publicaram originalmente as histórias do ex-policial e agora detetive Alack Sinner entre 1975 e 84. A Pipoca e Nanquim planeja publicar a saga completa em apenas dois volumes – o primeiro, este à venda, tem 420 páginas.

Alack Sinner não passou despercebido pela crítica. Conseguiu algo bem raro: foi premiado em Angoulême, o mais prestigioso festival europeu de quadrinhos, não uma vez, mas duas: em 1978 (melhor álbum estrangeiro, categoria realista) e 83 (melhor álbum).

Abaixo, trecho da sinopse da editora:

“Cansado das falcatruas, do racismo e dos constantes “erros” da polícia, o sarcástico nova-iorquino Alack Sinner deixa a instituição e começa a trabalhar como detetive particular. Desde então, passa os dias lidando com empresários corruptos, advogados desonestos, perdedores dos mais diversos tipos e… crises existenciais. Em meio à solidão e às frustrações cotidianas, é na amizade que ele encontra seu suporte, transformando-a em uma ética de vida para ajudar, caso após caso, aqueles que se veem vulneráveis no meio em que vivem.

O roteiro sagaz de Sampayo transcende as convenções do gênero enquanto trabalha com o arquétipo do detetive norte-americano: cínico, porém honesto; misantropo e solitário, mas defensor dos indefesos; um anti-herói que resolve tramas perigosas enquanto pondera sobre si mesmo e seu papel no mundo. Já a arte de Muñoz revolucionou a forma de se trabalhar quadrinhos em preto e branco, com seu jogo de luz e sombras único e perfeito, que influenciou toda uma legião de artistas, inclusive Frank Miller, na criação de sua série Sin City.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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