Não gosto muito de gastar palavras como “fantástica” e “melhores“, mas vamos lá…

A editora`Panini colocou a fantástica “Miracleman”, de Neil Gaiman, uma das melhores histórias de super-heróis de todos os tempos, em pré-venda.

Então, dois pequenos resumos – um da publicação do personagem e outro da história que se passa na HQ.

Marvelman (sim, o nome original era esse, explico aqui a confusão que isso causou) foi criado em 1954 como um plágio assumido do Capitão Marvel. Era uma criança que dizia uma palavra mágica e ganhava poderes similares aos do Superman. A revista existiu por décadas e nunca ofi lá essas coisas.

Aí, em 1982, entra em cena um promissor escritor chamado Alan Moore (sim, ele mesmo), que assume a revista. Em sua história, o governo britânico tem acesso a uma tecnologia alienígena e faz experimentos em três órfãos em coma induzido, visando transformá-los em super-soldados. Coisas ruins acontecem: um deles tem amnésia, outro morre e um terceiro foge, mas esconde do mundo que é uma criatura superpoderosa. Quando o primeiro recupera a memória, ele tem de lidar com o fato de ser tão poderoso que poderia dominar uma nação inteira. Aliás, por que um deles não tentaria fazer isso?

Alan Moore escreveu apenas 16 histórias do personagens distribuídas em três arcos (felizmente publicados no Brasil). Quando saiu, deixou um pepinão para o escritor que o substituiria: manter o nível das histórias lá em cima.

Aí, em 1990, entra em cena um promissor escritor chamado Neil Gaiman (sim, ele mesmo), que assume a revista. Em sua história, Miracleman (mudara de nome em 1985) e Miraclewoman são os dois únicos seres poderosos da Terra. Nenhum exército ou governo teria forças para resistir a eles. O que pode acontecer neste cenário?

Gaiman planejou 18 histórias para Miracleman, a serem divididas em três sagas: a primeira, “A Era de Ouro“, é a que está saindo no Brasil, 32 anos após começar a ser publicada na Inglaterra. “A Era de Prata”, a saga seguinte, não foi concluída, pois a editora faliu. Felizmente, a editora Marvel anunciou em junho que Gaiman e o artista Mark Buckingham finalmente concluirão a história. Se der certo, o terreno estará aberto para que tenhamos acesso, finalmente, à conclusão: “A Era Sombria”.

Será que, finalmente, vai dar certo?

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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