Era como se o talentoso Jack Davis (1924-2016) tivesse duas mãos autônomas: com a direita, criava humor – caricaturas, sátiras, um traço estilizado e divertido. Com a esquerda, terror – monstros, mortos-vivos etc.

Jack Davis ficou famoso pela sarcástica seção “Cenas que Gostaríamos de Ver” e pelas paródias de filmes e séries na revista “Mad”, da qual foi um dos seus pilares de 1952 (ano de lançamento) a 1956 e como colaborador pelas décadas seguintes. Com a “outra mão”, digamos assim, também teve um trabalho marcante com histórias de terror pela EC Comics.

A Tai Editora anunciou uma antologia com o lado humorístico de Jack Davis, mas fora da “Mad”. No fim dos anos 50, Davis foi para a concorrente “Cracked”, onde ficou por anos. Mort Todd, o ex-editor da revista, criou uma antologia com este trabalho – e que sairá no Brasil com o título de “A Comédia de Jack Davis“. Uma oportunidade para ver o trabalho de um dos mais engraçados – e polivalente – artistas que atuou nas revistas norte-americanas de humor.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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