Estreei 2022 na minha coluna semanal na TV Cultura com um artigo pedindo a publicação de cinco HQs incríveis aqui no Brasil. O primeiro deles já vem aí…

A Panini colocou em pré-venda o primeiro número da coleção de luxo do “Starman” do roteirista James Robinson. É coisa fina, um dos raros exemplos de um título mensal de super-heróis entregando uma história ótima depois da outra.

O poderoso Starman surgiu em 1939, criado por Jack Burnley: Ted Knight é Starman, um herói que tinha seus poderes graças a um bastão cósmico (seja lá o que for isso).

Ted Knight voou por um tempo e depois sumiu. O codinome era bom demais para ser descartado, e a DC testou outros heróis que atendiam por Starman: um alien azul, um príncipe alienígena e o ingênuo Will Payton.

É aí que entra a estrela (com o perdão do trocadilho) do roteirista James Robinson. Ele quer, ao mesmo tempo, dar continuidade ao legado do Starman original e homenagear todos os demais.

Dar continuidade ao legado do original parece fácil: David Knight, o primogênito do original, herda o uniforme, o bastão cósmico e, claro, o codinome do pai, em “Starman” nº 0, número inicial da série que a Panini está reunindo em edições de luxo. O problema é que ele é assassinado na terceira página. E entra em cena seu irmão caçula, Jack Knight, o novo e relutante Starman.

James Robinson comandou Starman por 83 edições, contando o título mensal e alguns especiais. Conseguiu a proeza de criar um grande personagem (Jack Knight) e homenagear todos os seus predecessores: o alien azul, o príncipe, Will Payton e, principalmente, Ted Knight. Tudo em histórias incríveis.

Este volume inaugural reúne as 17 primeiras histórias, que formam duas sagas: “Pecados do Pai” e “Noite e Dia”.

O “Starman” de Robinson já começou a ser lançada duas vezes aqui no Brasil, e nunca chegou na 17ª história. Estou na torcida para que, desta vez, sejamos brindados com a coleção completa.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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