A DC Comics comemora, neste mês, o aniversário de oito décadas de sua maior heroína – e, certamente, de uma das mais importantes personagens dos quadrinhos no mundo. Vou aproveitar esta semana para falar um pouco dela – com direito a uma entrevista, lá na coluna na TV Cultura (que é irmã gêmea deste site), com Dani Marino, pesquisadora de HQs e especialista em questões de gênero.

Como a DC Comics tem um multiverso com dimensões e mais dimensões, fora adaptações para cinema, TV e games, há literalmente dezenas de versões da Mulher-Maravilha. Normalmente, seguem a mesma premissa: princesa de uma ilha isolada que vira aventureira e super-heroína. Mas há alguns casos diferentes, e separei oito entre eles para abordar aqui.

Não estou abordando aqui outras heroínas que assumiram seu codinome temporariamente, como a Donna Troy (ex-Moça-Maravilha) e a rainha Hipólita (por acaso, sua mãe). A ideia é mostrar outras visões para a personagem.

1953 – SÓSIA ALIENÍGENA


As primeiras décadas do gênero do super-heróis não têm limites para a criatividade – e a inocência. A Mulher-Maravilha encontrou algumas sósias nesse período – inclusive Diana Prince, de quem assumiu a identidade quando a norte-americana decidiu morar na América do Sul(sim, isso está nas primeiras histórias).
E também, em 1953, quando encontra uma super-heroína de outra dimensão, idêntica a ela em tudo – inclusive no uniforme e no codinome heroico. A única diferença é a identidade secreta: Tara Terruna, a Mulher-Maravilha da Terra-59!

1983 – COELHA (!?!!)

Um dos universos mais inusitados da DC é aquele em que seus heróis aparecem na forma de animais fofos – ainda heroicos, mas fofos. A Mulher-Maravilha virou a Coelha-Maravilha (Wonder Wabbit, no original), uma princesa Amazonanimal que é membro da Liga Apenas de Animais.

1996 – UMA MUTANTE, COMO NA MARVEL

Em 1996, as rivais DC e Marvel tiveram um experimento bem interessante: e se mesclassem seus principais heróis entre si, que tipo de histórias viriam daí? Por exemplo:
* Batman + Wolverine = Garra das Trevas
* Superman + Capitão América = Supersoldado
A Mulher-Maravilha é uma personagem única e não tem exatamente um par na Marvel. Mas os artistas foram criativos e a mesclaram a outra princesa superpoderosa: Tempestade, dos X-Men. Surge, assim, Ororo de Themyscira, mais conhecida como a heroína Amazona.

1998 – A MAIOR HEROÍNA… DE VÊNUS


Na divertida saga “DC Um Milhão”, a Liga da Justiça vai para o futuro muito distante do século 853. Lá, o planeta Vênus é habitado pelas descendentes das amazonas. E a grande heroína local ostenta o codinome de… Mulher-Maravilha, claro.

1998 – VERDE E ALIENÍGENA


O selo Tangent Comics da DC, inédito no Brasil, deu aos artista a liberdade de aproveitar codinomes consagrados e os transformar em personagens completamente diferentes. Surge assim a guerreira alienígena (e verde) Wanda, conhecida como… Mulher-Maravilha!

2002 – SUL-AMERICANA


No início deste século, a DC chamou Stan Lee, o mais conhecido rosto da Marvel, para recriar alguns de seus principais heróis a seu bel prazer. Lee acabou escolhendo só dez, e a Mulher-Maravilha, claro, era uma delas. Ao lado de Jim Lee, Lee criou Maria Mendoza, uma humilde peruana que ganha poderes mágicos e acaba conhecida como Mulher-Maravilha.

2008 – HOMEM


Em algumas das várias dimensões da DC, há aquelas dos “gêneros invertidos”. Em uma delas, Dane de Elysium é o poderoso Homem-Maravilha!

2015 – ROBÔ


Se existe a dimensão dos animais humanizados e a do gênero trocado, por que não a dos… super-robôs? A Mulher-Maravilha Platinada (Platinum Wonder Woman) é uma importante membro da Liga de Metal!

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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