Gosto de, ao menos uma vez por mês, apresentar projetos no Catarse que me parecem interessantes. Nestes textos, procuro selecionar apenas autores nacionais, e por um motivo muito simples: tem muita coisa boa sendo feita por aí.

Como hoje é dia 1, vamos às sugestões deste mês – a começar por um depoimento de um sobrevivente da Covid, essa pandemia tão violenta quanto inacreditável.

(As descrições dos projetos não são minhas, peguei do Catarse.)

Você não me Conhece“, de Guilherme de Sousa
“Você Não Me Conhece é uma HQ autobiográfica onde o quadrinista Guilherme de Sousa expõe duros detalhes sobre sua vida durante a pandemia de Covid-19 no ano de 2020. Munido de um traço cartunesco e um roteiro dolorosamente sincero, o artista narra a agonia do isolamento, a conturbada relação com familiares, o medo de perder alguém que ama e o terror de um frio leito de hospital.”

Fessora!“, de Line Lemos
“Fessora! é um quadrinho sobre as glórias e derrotas vividas na sala de aula de uma escola pública. São 80 páginas com histórias autobiográficas, navegando o cotidiano de uma professora novata do Ensino Básico. Como falar com pré-adolescentes sobre encarceramento e pêlos nos sovacos femininos? Como descobrir a melhor hora para chorar no banheiro da sala dos professores? Assim como uma boa docente, esse quadrinho traz mais perguntas do que respostas.”

Contos da Calango“, de Cristiano Seixas
“Olá, me chamo Cristiano Seixas , e, depois de mais um ano trabalhando em “Alien – The Original Screenplay”, mergulhei de cabeça em voltar a escrever um quadrinho nacional e estou lançando a primeira edição de Contos da Calango, uma narrativa sobre o encontro do Cerrado com a Caatinga do Norte de Minas Gerais, que passa longe de clichês e estereótipos, e aborda em cinco contos os temas perda, desequilíbrio, família, aceitação e descoberta interna.”

Pavilhão“, de Estúdio Molotov HQ
“O ano é 1996, o lugar é São Paulo. Everson é mais um dos presos da Casa de Detenção de São Paulo, mais conhecida como “Carandiru”. Solitário, deprimido, frustrado e com ódio, descobrimos sua história. Sua infância e adolescência em São Bernardo do Campo, seus amigos, sua família, e todos os acontecimentos e vivências que o levaram até o Carandiru anos depois. Everson cresceu na Vila São Pedro, bairro periférico localizado na divisa de São Bernardo do Campo com Santo André, e em meio a todas as dificuldades que passou com sua mãe Dinorá começou a perceber desde cedo, junto com seus amigos, que suas vidas eram muito diferentes dos brancos das classes mais altas. O caminho de violência e dor, que já havia sido traçado por seu irmão mais velho, agora era seu, mas tudo tem seu preço.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

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