Houve um tempo em que não era difícil entender quem era o Capitão América: Steve Rogers, um corajoso soldado com força ampliada que lutava por seu país – na verdade, por qualquer um, sem distinção.

Especialmente, colocando nazista para fugir. Mas não só.

A Marvel carregou tanto na cronologia que às vezes um leitor novo pode se perder com o Capitão América – pode até se confundir sobre qual deles está nas páginas: Steve Rogers? William Naslund? Jeffrey Mace? William Burnside? Johnnie Walker? Bucky? Sam Wilson? Um Capitão América nazista de outra realidade, mas que virou esta realidade (sério, Marvel?)?

Enfim! O fato é que a Panini lança no mês que vem um ombinus de quase 600 páginas com aventuras do Capitão América escritas e ilustradas por ninguém menos do que Jack Kirby, seu cocriador – já está em pré-venda, aliás. É a fase da Era de Prata dos quadrinhos norte-americanos, com HQs selecionadas entre 1968 e 1976.

Há aventura e muita fantasia: é um meio termo entre as histórias da Segunda Guerra Mundial dos anos 40 e a criatividade sem fim do século 21 – um Capitão América nazista de outra realidade, mas que virou esta realidade? Sério, Marvel?

Enfim, é a chance de ver aventuras com parceiros como o Falcão, Sharon Carter e a S.H.I.E.L.D. (aposto que você viu alguns deles recentemente na sua TV) e confrontos que envolvem vilões clássicos como Arnim Zola, a Hydra e, claro, o Caveira Vermelha.

Com Kirby no comando, você nunca sabe onde o Capitão vai parar.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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