Nesta Semana da Mulher, estamos publicando (tanto aqui no site quanto na coluna-irmã Hábito de Quadrinhos, publicada semanalmente na TV Cultura) uma série de dicas de grandes quadrinhos criados por elas. O recorte de hoje é de quadrinhos criados no século passado – e que, evidentemente, continuam atuais.

Luluzinha“, de Marge
Uma das maiores personagens de todos os tempos, a Luluzinha também é das mais antigas: ela surgiu em 1935, três anos antes do Superman. Marjorie Henderson Buell, a Marge, criou esta encantadora e ativa criança, proporcionando aventuras leves e engraçadas, que podem parecer para o público infantil, mas agradam à família toda.

Mulheres Alteradas“, de Maitena
A argentina Maitena é um verdadeiro choque de realidade a cada páginas. Suas páginas bem-humoradas retratam o cotidiano de uma mulher comum, com tudo de bom, mau, dramático, exagerado, hilário e profundo que tem nisso.

Mumin“, de Tove Jansson
Clássico dos quadrinhos europeus, a família Mumin, criada pela finlandesa Tove Jansson em 1945, habita histórias líricas, inocentes e felizes. O sucesso da personagem rendeu, em seu país, a criação de um museu e um parque temático, e fora dele (fora da Terra, aliás) uma homenagem e tanto: um asteroide foi batizado com seu nome em 1995.

Pagando o Pato“, de Ciça
Luluzinha é dos anos 30, Mumin da década de 40, e o Pato, da brasileira Ciça, de 1967. Sim, estamos caprichando nos clássicos nesta lista! Cecilia Alves Pinto apresentou, com esta tira, um humor que, apesar de ter um pé na política e outro na sociedade, continua brilhantemente atual.

Ranma 1/2“, de Rumiko Takahashi
O prestigioso festival de quadrinhos de Angoulême, na França, concede anualmente um Grande Prêmio a um quadrinista de destaque. Após 45 anos e apenas uma mulher premiada, em 2019 foi a vez de celebrarem o talento da mangaká Rumiko Takahashi, atuora, entre outros, de “Ranma 1/2”, um dos primeiros mangás publicados no Brasil. Um breve resumo: uma estudante de artes marciais adquire a capacidade de se transformar em rapaz ao se molhar com água gelada (o que é revertido com contato com água quente). Este ponto fantasioso entra em contato com uma realidade de casamentos arranjados e problemas familiares (e amorosos).

Rosa de Versalhes“, de Riyoko Ikeda
Outro clássico japonês. Uma história sensível publicada no início dos anos 70, mas ambientada na França poucos anos antes da Revolução, “Rosa de Versalhes” narra a história de Oscar, uma moça que é criada como rapaz e acaba se tornando um dos melhores e mais nobres soldados de sua época.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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