O projeto “HQ’s sinalizadas” é original, para dizer o mínimo. Mas também inclusivo e criativo. Trata-se de uma iniciativa para produzir e distribuir histórias em quadrinhos em libras, a linguagem brasileira de sinais, usada por pessoas surdas.

Fui atrás da líder do projeto, a pós-doutora Kelly Priscilla Lóddo Cezar, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A entrevista completa está abaixo, em libras, e por escrito na minha coluna semanal no site da TV Cultura, mas há um trecho que gostaria de destacar por aqui.

Perguntei à profa. Kelly Cezar sobre a origem do projeto, e a doutora começou assim a resposta:

“Infelizmente a resposta que tenho para lhe dar não é nada agradável, pois a inspiração para continuar a pesquisa e a criar o projeto institucional ‘HQ’s sinalizadas’ foi saber via relatos e conversas com adultos e crianças surdas que não se identificam com o gênero história em quadrinhos, pois não se sentiam representados.”

Representatividade. Um tema importantíssimo e que sempre foi deixado de lado. Felizmente, de um tempo para cá, muitas formas de Arte, inclusive os Quadrinhos, estão aprendendo a lidar com isso.

Todos nós só temos a ganhar quando há representatividade.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

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