O projeto “HQ’s sinalizadas” é original, para dizer o mínimo. Mas também inclusivo e criativo. Trata-se de uma iniciativa para produzir e distribuir histórias em quadrinhos em libras, a linguagem brasileira de sinais, usada por pessoas surdas.
Fui atrás da líder do projeto, a pós-doutora Kelly Priscilla Lóddo Cezar, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A entrevista completa está abaixo, em libras, e por escrito na minha coluna semanal no site da TV Cultura, mas há um trecho que gostaria de destacar por aqui.
Perguntei à profa. Kelly Cezar sobre a origem do projeto, e a doutora começou assim a resposta:
“Infelizmente a resposta que tenho para lhe dar não é nada agradável, pois a inspiração para continuar a pesquisa e a criar o projeto institucional ‘HQ’s sinalizadas’ foi saber via relatos e conversas com adultos e crianças surdas que não se identificam com o gênero história em quadrinhos, pois não se sentiam representados.”
Representatividade. Um tema importantíssimo e que sempre foi deixado de lado. Felizmente, de um tempo para cá, muitas formas de Arte, inclusive os Quadrinhos, estão aprendendo a lidar com isso.
Todos nós só temos a ganhar quando há representatividade.