R$ 1,5 milhão. US$ 310.111. Mais dinheiro do que eu vou ver na vida.

Um raro exemplar sobrevivente da edição de estreia da revista do Superman foi leiloado na última sexta-feira por mais de US$ 310 mil, o que equivale a mais de R$ 1,5 milhão (vi a notícia de que aconteceria no Bleeding Cool e o resultado no site do leilão).

Esta não é a primeira aparição do Último Filho de Krypton, que chegou à Terra em “Action Comics” nº 1, lançado em 1938. Superman ganhou sua revista própria apenas no ano seguinte – junho de 1939.

A revista que algum colecionador agora tem em mãos traz quatro histórias, todas estreladas pelo próprio Superman e de autoria de seus criadores, Jerry Siegel (roteiro) e Joe Shuster (arte).

Duas curiosidades sobre essa edição:

  • A repórter e eterno interesse amoroso Lois Lane não é quem mais aparecer, fora o próprio Homem de Aço – ela está em apenas metade das histórias. Quem figura em todas é George Tayler, o editor de Clark Kant no Estrela Diária (Perry White e o Planeta Diário viriam depois).
  • A primeira história reconta sua origem. Nesta época, os nomes de seus pais não eram Jonathan e Martha, mas John e Mary. Se isso tivesse sido mantido, o infame Momento Martha de Zack Snyder poderia ter sido evitado.

Quem comprou a revista? Tio Patinhas ou Riquinho? Seja quem for, eu, colecionador de quadrinhos que sou, só tenho algo a dizer: invejei.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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