O norte-americano Daniel Clowes papou mais um prêmio para sua coleção. O fabuloso Festival de Angoulême, realizado anualmente na França, divulgou seus vencedores deste ano, e “Monica“, de Clowes, ficou com o Fauve D’Or – nome da categoria para melhor álbum.

A japonesa Moto Hagio (abaixo) ficou com o prêmio de honra pelo conjunto de sua obra. Sua obra de referência é “Thomas no Shinzō” (“O coração de Thomas”, em tradução livre), mangá ainda inédito no Brasil foi lançado nos anos 70 – um drama que começa com o suicídio de um aluno de um internato e da carta que deixa para o colega por quem era apaixonado.

Entre os demais premiados, estão:

Grande Prêmio do Festival de Angoulême (já havia sido divulgado): Posy Simmonds
Fauve D’Or (melhor álbum): “Monica”, de Daniel Clowes
Prêmio Especial do Júri: “Hanbok T.1”. de Sophie Darcq
Melhor Série:A Bela Casa do Lago“, de James Tynion IV e Alvaro Martinez Bueno (está saindo no Brasil pela Panini)

Revelação: “L’homme gêné”, de Matthieu Chiara
Patrimônio: “Quatre Japonais à San Francisco (1904-1924)”, de Henry Yoshitaka Kiyama
Fauve des Lycéens (escolhido por alunos do ensino médio): “Le visage de Pavil”, de Jérémy Perrodeau
HQ alternativa: “Aline”
Prêmio Polar (HQs policiais): “Contrition”, de Carlos Portella e Keko
Prêmio do Público: “Des maux à dire”, de Beatriz Lema
Prêmio Éco-Fauve (temática ecológica): “Frontier”, de Guillaume Singelin
Prêmio René Goscinny de melhor roteirista: Julie Birmant, de “Dalì – 1 – Avant Gala” (que tem ilustrações de Clément Oubrerie)

Sobre o premiado “Monica”

Abaixo, a descrição que a editora Nemo, que publicou “Monica” (imagem acima) no Brasil, deu para a HQ:

“Monica é uma série de narrativas interconectadas que contam a história de vida – histórias, na verdade – de sua personagem principal. Clowes coloca no papel uma vida inteira de inspiração para criar a graphic novel mais complexa e pessoal de sua distinta carreira.
Rica em detalhes visuais, com um traço impecável para a linguagem e o diálogo, além de reviravoltas emocionantes, Monica é uma obra-prima em camadas, que faz referência a muitos dos gêneros que definiram os quadrinhos enquanto mídia – guerra, romance, horror, crime, sobrenatural etc. –, mas de uma maneira misteriosa, indescritível e essencialmente clowesiana, que convida a múltiplas leituras.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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