Em 1990, dois roteiristas britânicos lançaram uma obra curiosa escrita a quatro mãos: “Good Omens: The Nice and Accurate Prophecies of Agnes Nutter, Witch” (no Brasil, “Belas Maldições“. O mais experiente deles era Terry Pratchett, que já tinha nome pela série de livros “Discworld”. O outro havia estreado no ano anterior a série em quadrinhos que viria a ser sua maior obra: “Sandman” – estamos falando, claro, de Neil Gaiman.

Tudo que envolve o nome de Gaiman já tem alguns passos dados para ser adaptado para o audiovisual, seja sele cinema ou TV. Assim, a mini “Belas Maldições” estreou em 2019, estrelada por um elenco de peso: Michael Sheen e David Tennant vivem, respectivamente, os protagonistas imortais Aziraphale e Crowley. E eles estão incríveis nos papeis (trailer abaixo).

Se Aziraphale é um anjo inocente, Crowley é seu oposto. Afinal, trata-se da própria Serpente do Paraíso – aquela da história de Adão, Eva e da maçã, sabe? E é a improvável amizade entre eles, diante do eminente Dia do Juízo Final, a força por trás do livro (e da primeira temporada da série – a segunda temporada, que acabou de estrear, não é uma adaptação, mas uma obra original).

Apesar do nome de Neil Gaiman na capa, “Belas Maldições” nunca foi uma HQ… até agora. A norte-americana Colleen Doran, que trabalhou com Gaiman em “Sandman”, lançou “Good Omens: the Official (and Ineffable) Graphic Novel” em uma plataforma de financiamento coletivo. Para surpresa de ninguém, o dinheiro para a publicação foi rapidamente arrecadado.

Good Omens: the Official (and Ineffable) Graphic Novel” ainda não tem previsão de publicação no Brasil. Mas, a julgar pelos nomes envolvidos, eu diria que é questão de tempo.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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