O japonês Daijiro Morohoshi é um veterano no mundo dos mangás. Ele já escrevi e ilustrava HQs desde antes de eu nascer – 1970, para ser mais preciso. Seu primeiro sucesso foi a série de terror “Yokai Hunter”, lançada em 1978 (imagem abaixo).

O trabalho de Morohoshi não passou despercebido pela crítica. Em 1992, foi premiado pela Associação de Quadrinistas do Japão; em 2000, levou o Prêmio Cultural Osamu Tezuka; em 2008, foi contemplado na categoria mangá no Festival de Artes do Japão…

A editora Conrad colocou recentemente em pré-venda “A Noite da Princesa Uriko, a Manhã da Cinderela: E outros contos reimaginados“, de Morohoshi. Como o título indica, não é apenas uma visita ao folclore japonês, mas também a mitos da China e da Europa (você deve ter reparado no “Cinderela” do título.

Abaixo, a sinopse da editora:

“A atmosfera mágica de uma história folclórica é inesgotável. Isso porque esses contos, não importa o quão antigos sejam, nunca deixam de dar asas à imaginação de quem os ouve. E A Noite da Princesa Uriko, a Manhã da Cinderela e outros contos reimaginados certamente é um grande convite à imaginação. O mangá já está em pré-venda e será lançado no dia 26 de setembro pela Conrad.

No título, Daijiro Morohoshi nos apresenta justamente a uma série de possibilidades. A partir de contos da tradição japonesa, chinesa e europeia, o mangaká (re)constrói histórias fantásticas: e se as profecias da Princesa Uriko fossem fofocas? E se a Cinderela fosse procurar seus sapatinhos perdidos no castelo do príncipe? E se as pessoas que servissem a um certo templo na China virassem corvos de verdade?

O traço de Morohoshi traz a ambientação em um traço ao mesmo tempo poderoso e delicado, que traz o clássico clima dos contos de fadas. Já a caracterização das personagens flerta tanto com o lúdico quanto com o etéreo, cativando o leitor. O tom geral é bastante reminiscente dos clássicos longas do Estúdio Ghibli, e certamente encantará aos fãs das produções.

O mangá faz parte do gênero josei, ou seja, é voltado para o público feminino adulto, mas o apelo das histórias é universal. Aquele que buscar uma história com personagens femininas adultas, com proeminência nas tramas, tem em A Noite da Princesa Uriko um prato cheio.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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