A editora francesa Hachette divulgou na sexta passada, emenda de feriadão aqui no Brasil, a capa de “L’Iris Blanc”, álbum inédito do Asterix que será lançado em 26 de outubro lá na Europa.

“L’Iris Blanc” (“A Íris Branca”, em tradução livre) é o 40º álbum do personagem e o primeiro criado pela dupla FabCaro (roteiro) e Didier Conrad (arte).

Os primeiros 31 livros do irredutível gaulês foram criados por seus “pais”, René Goscinny (roteiro) e Albert Uderzo (arte). Com a morte de Goscinny, Uderzo passou a criar sozinho as aventuras de Asterix, Obelix e companhia.

Uderzo se aposentou em 2009, e após um triste (para nós leitores) hiato de quatro anos, o personagem voltou sob o comando de uma dupa inédita: Jean-Yves Ferri (roteiro) e Didier Conrad (arte). Juntos, eles criaram cinco livros, respeitando o período de dois anos entre cada lançamento.

Apenas os quatro primeiros destes livros saíram aqui no Brasil. O penúltimo, “A Filha de Vercingetorix”, foi publicado em 2019 na França e 2022 por aqui; “Asterix e o Grifo” (imagem abaixo) saiu en 2021, e aguardamos ansiosamente.

Um novo roteirista
“L’Iris Blanc” traz a estreia de uma nova dupla criativa. Conrad continua na equipe, mas o roteiro está a cargo do francês FabCaro, inédito no Brasil.

“Quero manter-me fiel ao caderno de encargos — mesmo que a expressão não seja muito bonita — ou, em todo caso, ao que torna Astérix tão charmoso. Com ingredientes clássicos, como os anacronismos, os trocadilhos”, disse FabCaro à agência de notícias AFP sob a enorme resposabilidade de escrever um dos mais importantes personagens do mundo. “E sobretudo, ser fiel aos personagens.”

FabCaro surgiu com obra autobiográfica, mas também criou trabalhos experimentais (como “Zaï zaï zaï zaï”, de 2015) e de humor, como “Les annonces en BD” e a paródia do Zorro “Z comme Don Diego”.

Longa vida aos irredutíveis gauleses, por Tutastis!

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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