Um homem adulta está em uma estrada. Ele aparenta jogar algo sobre ela: talvez cinzas. A imagem é extremamente sombria – eu diria que a escuridão ocupa 80% do desenho. E o protagonista parece pequeno diante da cena.

O parágrafo acima descreve a capa da edição francesa de “Le Petit Frère”, obra autobiográfica de Jean-Louis Tripp. Quando tinha 18 anos, o autor passou por um imensurável drama pessoal: a morte de seu irmão mais novo. Quatro décadas depois, ele se aprofunda neste momento de luto por meio desta graphic novel.

Meu Irmão Caçula” foi reconhecido pela crítica e nomeado em 2023 para o Grande Prêmio da Crítica ACBD (Associação de Críticos e Jornalistas de História em Quadrinhos da França, na sigla em Francês). Agora, a editora Nemo vai lançá-lo aqui no Brasil – o livro já está em pré-venda.

Abaixo, a sinopse da editora brasileira:

“Em 5 de agosto de 1976, JeanLouis Tripp, então com 18 anos, curtia um período de férias familiares marcado por calor intenso e diversão despreocupada. No entanto, um evento súbito e devastador lança uma sombra sobre essa atmosfera alegre: seu irmão mais novo, Gilles, é vítima de um trágico atropelamento. Levado ao hospital, Gilles sucumbe aos ferimentos horas após o acidente. Esse evento dilacera a vida de JeanLouis, imergindo-o em uma angustiante espiral de culpa, e marca o início de sua dolorosa jornada de luto.

Agora, após mais de quatro décadas desde essa dolorosa perda, o autor opta por revisitar os acontecimentos que moldaram aquele fatídico período. Com uma mistura de carinho e sensibilidade, JeanLouis mergulha de cabeça em suas próprias lembranças e nas lembranças daqueles que estiveram próximos a ele naquele momento crucial. Seu objetivo é capturar a essência da realidade presente e, ao mesmo tempo, resgatar as lembranças do trágico acidente que ocorreu há tanto tempo. Com dedicação, ele se empenha em retratar a devastadora perda de seu irmão caçula, que na época contava com apenas 11 anos de idade, e que permanece uma parte indelével na história da família até os dias atuais.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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