A editora Pipoca & Nanquim colocou em pré-venda o primeiro dos quatro volumes de “Blueberry – Edição Definitiva”, série que publicará aqui no Brasil todas as histórias do grande faroeste criado por Jean-Michel Charlier (roteiro) e Moebius (arte).

No final dos anos 80 e início dos 90, a editora Abril tinha uma coleção chamada “Graphic Novel”, que apresentava histórias aparentemente fechadas de autores e personagens não tão famosos aqui no Brasil (isso a partir do número 8, antes era só HQ de super-herói). Foi assim que tive contato com Blueberry pela primeira vez: o número 21, de 1990, trouve “Blueberry – Forte Navajo”, a aventura de estreia do personagem – e que há havia saído por aqui pela Vecchi, em 1980.

Marc Blueberry seria só mais um personagem de faroeste não fosse por dois “detalhes”: o roteiro humano de Charlier e a arte de Moebius. Logo ele, Moebius, muito mais famoso por suas obras de fantasia e ficção científica, acabou se mostrando excelente também para aventureiros mais pé no chão como Blueberry – ou, no caso, patas no chão, já que ele passa a maior parte do tempo sobre um cavalo.

Entretanto, nem os fortes nomes de Charlier e Moebius conseguiram que a série fosse publicada na íntegra no Brasil – e olha que o personagem já saiu por Abril, Vecchi, Tapejara, Panini e Faria e Silva. Tomara que agora dê certo.

Abaixo, a sinopse da editora:

“Lançada originalmente em 1963, por influência de faroestes clássicos como Sangue de Heróis e Rio Bravo e da paixão dos autores pelo tema, Blueberry não se limita a beber de suas fontes, tornando-se, ao longo da sua narrativa, ela própria inspiração e referência sobre como retratar o famigerado Oeste Selvagem, de modo a hoje alcançar todos os tipos de expressões artísticas, para além dos quadrinhos.
Drama, aventura, suspense, denúncia, romance… Este projeto monumental não só reúne centenas de cenas de ação de tirar o fôlego, com duelos mortais de armas de fogo, eventos históricos e combates a cavalo, como também propõe reflexões atuais e pertinentes, com suas mensagens antimilitarista e anticolonialista, entregues com louvor por seu carismático protagonista anti-herói.
O primeiro volume da saga, com 484 páginas coloridas impressas em offset, capa dura e formato grande, reúne três (das nove) edições integrais francesas, que trazem os álbuns: Forte Navajo, Tempestade no Oeste, Águia Solitária, O Cavaleiro Perdido, Na Pista dos Navajos, O Homem da Estrela de Prata, O Cavalo de Ferro, O Homem do Punho de Aço e A Pista dos Sioux. No início de cada etapa de um integral francês, entra um vasto conteúdo extra, que conta os bastidores da concepção do personagem e dos seus inesquecíveis coadjuvantes, além da contextualização da época e a maneira como seus criadores se envolveram com a obra.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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